Projeto Conserv, do Ipam, remunera produtores para preservar vegetação excedente, resultando em mais de 20 mil hectares protegidos na Amazônia e Cerrado, mesmo após o fim dos pagamentos.
O desmatamento na Amazônia e no Cerrado continua sendo uma preocupação significativa, com milhões de hectares que podem ser legalmente desmatados. O Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam) desenvolveu o projeto Conserv, que remunera produtores para preservar áreas de vegetação além do mínimo exigido por lei. Os resultados iniciais mostram que a maioria dos participantes manteve a preservação mesmo após o término da remuneração.
O projeto Conserv, que começou em 2020 e se estenderá até 2024, envolveu contratos com produtores em Mato Grosso e Pará. Durante a primeira fase, vinte fazendas foram beneficiadas, recebendo entre R$ 270,00 e R$ 350,00 por hectare de vegetação excedente. O financiamento foi garantido por embaixadas dos Países Baixos e da Noruega, e mais de 20 mil hectares foram protegidos.
André Guimarães, diretor executivo do Ipam, destaca que, embora a maior parte do desmatamento na Amazônia seja ilegal, é crucial incentivar a preservação de áreas que podem ser legalmente desmatadas. Ele afirma que o projeto busca criar alternativas para os produtores e pressionar o Estado a agir contra o desmatamento legal.
Um dos participantes, Carlos Roberto Simoneti, possui uma fazenda de 17 mil hectares em Sapezal, Mato Grosso. Ele relata que, apesar do fim da remuneração, continua a preservar a vegetação, motivado pelo desejo de deixar um legado para as futuras gerações. Simoneti implementou medidas de prevenção a incêndios, utilizando parte dos recursos recebidos para adquirir equipamentos de combate a incêndios.
O projeto também envolveu grandes empresas do setor agropecuário, que buscaram demonstrar que é possível conciliar a preservação ambiental com a viabilidade financeira. Tiago Agne, gerente de sustentabilidade da SLC Agrícola, ressalta que a iniciativa serve como uma estratégia para evitar pressões de desmatamento em áreas excedentes.
O sucesso do Conserv evidencia a eficácia de modelos de pagamento por serviços ambientais, mas Guimarães sugere que outras iniciativas, como o Plano Safra, poderiam ser adaptadas para oferecer melhores condições de crédito a produtores que optam pela preservação. Projetos como esse devem ser apoiados pela sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na proteção dos nossos biomas.
Licença do Ibama para obras na hidrovia Araguaia-Tocantins gera protestos de comunidades extrativistas e do Ministério Público Federal, que alegam ilegalidade e riscos à biodiversidade local. A remoção de rochas no Rio Tocantins ameaça modos de vida e espécies ameaçadas.
O Ateliê Derequine, coletivo de moda indígena, recebeu R$ 50 mil do Fundo Indígena da Amazônia Brasileira, Podáali, para expandir suas atividades e promover direitos indígenas. A iniciativa visa reduzir a burocracia no financiamento e fortalecer comunidades locais.
A Natura reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e direitos humanos, estabelecendo metas ambiciosas para 2030, em meio à retirada de grandes bancos americanos de alianças climáticas. A empresa destaca que a conservação da natureza e a valorização da diversidade são essenciais para sua longevidade, pedindo mobilização conjunta diante da crise climática e injustiças sociais.
Comunidades quilombolas se opõem a teste de perfuração na Foz do Amazonas, agendado para o dia 24, alegando falta de consulta prévia e denunciando racismo ambiental. A Conaq critica a ausência de participação democrática.
Irmã Eva, de 21 anos, ex-modelo e miss, compartilha que recebe cantadas e pedidos de casamento nas redes sociais, mas se mantém firme em sua vocação religiosa, realizando trabalhos sociais em comunidades vulneráveis.
Iniciaram as atividades de prevenção a incêndios florestais na Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul, com a formação de brigadas indígenas e apoio da Funai e Ibama. A ação visa proteger a biodiversidade local.