Artistas e ambientalistas promovem a valorização da natureza como colaboradora na música, com iniciativas como Future Sound of Nature e Sounds Right, que destinam parte dos lucros para conservação.

A relação entre música e natureza tem ganhado destaque com iniciativas que buscam reconhecer a natureza como colaboradora na arte. Recentemente, surgiram projetos como a Future Sound of Nature e Sounds Right, que destinam parte de seus lucros para a conservação ambiental. Essas iniciativas visam garantir que a natureza receba crédito e compensação por seus sons, que são frequentemente sampleados em diversas composições musicais.
A Future Sound of Nature, lançada em maio, é uma plataforma criada por Eli Goldstein e Lola Villa, artistas eletrônicos que se uniram por meio do grupo DJs for Climate Action. A proposta é misturar a música eletrônica com os ritmos da Terra, destinando 20% da receita dos lançamentos a projetos de conservação. O primeiro EP da gravadora, intitulado “Amazonía”, é baseado em gravações de campo feitas por Villa na Amazônia, com parte dos lucros revertidos para o povo indígena Bora.
Goldstein e Villa enfatizam a importância de criar uma conexão mais profunda entre a música e as comunidades onde os sons foram gravados. Villa, ao tocar “Amazonía” ao vivo, compartilha informações sobre as espécies e habitats, destacando a urgência da conservação. A iniciativa Sounds Right, lançada no Dia da Terra, também busca valorizar a natureza como artista, incluindo sons naturais em suas produções e arrecadando fundos para projetos de conservação.
Com quase dois milhões de ouvintes mensais, a página da artista Nature no Spotify apresenta EPs de sons naturais e colaborações com artistas renomados. O cantor Hozier, por exemplo, lançou uma nova versão de sua música incorporando sons da natureza, ressaltando a conexão entre a música e a experiência auditiva. A gerente do programa Sounds Right, Iminza Mbwaya, destaca a importância de reconhecer a inspiração que a natureza oferece aos músicos.
Além disso, a Sounds Right exige que pelo menos 50% dos direitos autorais das faixas que incluem sons da natureza sejam destinados a projetos de conservação. No primeiro ano, a iniciativa arrecadou US$ 225 mil, com doações direcionadas a áreas prioritárias de biodiversidade. O foco para o segundo ano inclui a Bacia Amazônica e a Bacia do Congo, regiões ameaçadas que necessitam de atenção urgente.
Essas iniciativas refletem um movimento maior que busca estender os direitos legais à natureza, promovendo sua proteção. A Future Sound of Nature e a Sounds Right representam um passo importante para integrar a arte e a conservação ambiental. Projetos como esses devem ser estimulados pela sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na proteção dos nossos ecossistemas e na valorização da natureza como parte essencial da cultura.

Delegação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) visita a Universidade Hohai, na China, para explorar tecnologias em segurança hídrica e firmar parcerias em restauração de solos. A cooperação visa fortalecer a infraestrutura e a resiliência do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, após as enchentes de 2024.

Estudantes de medicina veterinária do CEUB investigam a relação entre o tratamento humanizado das vacas leiteiras e a qualidade do leite, destacando práticas que beneficiam animais e consumidores. A pesquisa ressalta que o bem-estar animal é essencial para a saúde do leite e a sustentabilidade da produção, alinhando-se às normas de bem-estar estabelecidas no Brasil.

O Centro de Inovação do Cacau (CIC) lançou, em parceria com a Trace Tech, o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade do Cacau, já adotado por 51 agricultores em Rondônia, promovendo a sustentabilidade na produção. A tecnologia garante transparência e atende à legislação da União Europeia, com potencial para expandir a 150 produtores na Bahia e outros estados.

O programa Recicla Cidade, da Tetra Pak, tem promovido a reciclagem em municípios pequenos, resultando em um aumento de 80% na coleta em oito cidades da Grande São Paulo e a criação de uma moeda social em Salesópolis.

O Brasil se comprometeu a servir 30% de alimentos da agricultura familiar na COP 30, injetando R$ 3,3 milhões na economia local e promovendo práticas sustentáveis. Essa iniciativa destaca a importância da agroecologia e pode expandir a rede de comercialização para pequenos produtores.

A delegação brasileira se reuniu com a Secretária-Geral Adjunta da ONU para discutir a liderança do Brasil na COP-30 e políticas de redução de riscos de desastres. O encontro destacou a importância de ações conjuntas em água e adaptação climática.