O programa Recicla Cidade, da Tetra Pak, tem promovido a reciclagem em municípios pequenos, resultando em um aumento de 80% na coleta em oito cidades da Grande São Paulo e a criação de uma moeda social em Salesópolis.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que completou quinze anos em agosto, ainda enfrenta desafios significativos no Brasil. Apesar de suas metas, como a redução da geração de lixo e o aumento da reciclagem, cerca de 41% dos resíduos urbanos são descartados de forma irregular. A reciclagem de resíduos secos é alarmantemente baixa, com apenas 8% sendo reciclados, em grande parte devido ao trabalho de catadores informais.
Em meio a esse cenário, o programa Recicla Cidade, da Tetra Pak, surge como uma iniciativa promissora. O programa visa articular governos, empresas e a sociedade civil para fortalecer a coleta seletiva. Valeria Michel, diretora de sustentabilidade da Tetra Pak, destaca que a proposta é preparar os municípios para manter a reciclagem como uma política pública estruturada. Em 2024, a empresa investiu R$ 26,2 milhões em iniciativas de sustentabilidade, incluindo apoio a cooperativas e projetos sociais.
O Recicla Cidade prioriza municípios com até cinquenta mil habitantes, que não são obrigados a implementar sistemas de coleta e reaproveitamento de resíduos. Até agora, o programa foi implantado em 39 cidades e direcionou cerca de 26 mil toneladas de resíduos para reciclagem. Recentemente, em oito municípios da Grande São Paulo, houve um aumento de 80% na reciclagem, totalizando mais de duas mil toneladas em um ano.
Salesópolis, a primeira cidade a adotar o programa em 2019, transformou a coleta seletiva em uma política pública permanente. O projeto, agora chamado Recicla Salesópolis, já destinou 220 toneladas de resíduos à reciclagem, gerando uma economia de aproximadamente R$ 127 mil para os cofres municipais. A cidade alcançou a maior taxa de reaproveitamento de resíduos da região, com 25% dos materiais coletados sendo reciclados.
O programa também investe na capacitação de gestores públicos e valoriza o papel dos catadores, que se tornam agentes ambientais e participam ativamente de ações educativas. Em Salesópolis, a cooperativa local vende atualmente 40 toneladas de recicláveis por mês, e os cooperados tiveram um aumento de 145% na renda desde o início do programa. Iniciativas criativas, como o ingresso solidário, têm sido implementadas para envolver a população.
Além disso, a criação de uma moeda social local, que permite a troca de materiais recicláveis por produtos essenciais, tem sido um sucesso. Essa abordagem inovadora pode inspirar outras cidades a adotarem políticas semelhantes. A união da sociedade civil em torno de projetos como o Recicla Cidade pode fazer a diferença na gestão de resíduos e na melhoria da qualidade de vida nas comunidades. Juntos, podemos transformar essa realidade e apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a inclusão social.
Iniciaram as atividades de prevenção a incêndios florestais na Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul, com a formação de brigadas indígenas e apoio da Funai e Ibama. A ação visa proteger a biodiversidade local.
A Justiça Federal confirmou a legitimidade do território quilombola de Mesquita, em Goiás, e ordenou ao Incra a demarcação em 12 meses, após redução em 2018 que favoreceu interesses privados.
Patrícia Muniz de Lima criou o Gamezônia, um jogo educacional sobre a Amazônia, visando conscientizar sobre desmatamento e biodiversidade. A iniciativa busca expandir e participar da COP30.
A delegação brasileira se reuniu com a Secretária-Geral Adjunta da ONU para discutir a liderança do Brasil na COP-30 e políticas de redução de riscos de desastres. O encontro destacou a importância de ações conjuntas em água e adaptação climática.
Oliver Humberto Naves Blanco inicia curso gratuito em Presidente Prudente, abordando práticas de agricultura ecológica e regenerativa, visando melhorar a qualidade do solo e combater a mudança climática. O curso, que ocorre em junho, promove a autonomia produtiva e o resgate de saberes ancestrais, essencial para a saúde do solo e do planeta.
O Centro de Inovação do Cacau (CIC) lançou, em parceria com a Trace Tech, o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade do Cacau, já adotado por 51 agricultores em Rondônia, promovendo a sustentabilidade na produção. A tecnologia garante transparência e atende à legislação da União Europeia, com potencial para expandir a 150 produtores na Bahia e outros estados.