A Síndrome de Dravet, que causa epilepsia em crianças, tem seu quadro agravado pelo aumento das temperaturas, levando a um aumento nas convulsões e complicações neurológicas. Especialistas alertam que as mudanças climáticas intensificam esses riscos, afetando a saúde mental e física.
Recentes estudos revelam que o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas agrava condições neurológicas, como a epilepsia, e impacta o neurodesenvolvimento. A Síndrome de Dravet, uma forma severa de epilepsia que afeta crianças, exemplifica essa relação. A mãe de um menino diagnosticado com a síndrome relatou que as convulsões de seu filho se intensificam durante ondas de calor, evidenciando como o clima pode influenciar a saúde neurológica.
A Síndrome de Dravet afeta cerca de quinze mil crianças no Brasil, resultando em convulsões frequentes e diversas comorbidades, como autismo e dificuldades de aprendizado. O neurologista Sanjay Sisodiya, da University College London, destaca que as altas temperaturas não apenas exacerbam essas condições, mas também afetam a forma como o cérebro humano funciona. Durante ondas de calor, a capacidade de tomar decisões e a regulação emocional podem ser comprometidas.
Dados recentes indicam que, durante a onda de calor na Europa em dois mil e vinte e três, aproximadamente sete por cento das mortes adicionais foram atribuídas a problemas neurológicos. O aumento da temperatura também está associado a um crescimento nos casos de acidente vascular cerebral (AVC). Um estudo revelou que, para cada mil mortes, os dias mais quentes contribuíram para duas mortes adicionais, o que representa um impacto significativo em uma população já vulnerável.
Além disso, o calor extremo pode prejudicar o sono e afetar o humor, aumentando o risco de convulsões em pessoas com epilepsia. A dificuldade em regular a temperatura corporal, especialmente em idosos e pessoas com condições neurológicas, torna esses grupos mais suscetíveis aos efeitos do calor. A relação entre calor e partos prematuros também é preocupante, com um aumento de vinte e seis por cento na ocorrência de partos prematuros durante ondas de calor, o que pode impactar o desenvolvimento neurológico das crianças.
O calor excessivo não apenas afeta a saúde imediata, mas também pode levar a danos cerebrais que aumentam o risco de doenças neurodegenerativas. A permeabilidade da barreira hematoencefálica, que normalmente protege o cérebro, pode ser alterada, permitindo a entrada de toxinas e vírus. Isso é especialmente alarmante com a expansão de mosquitos que transmitem doenças como Zika e dengue, que podem ter consequências neurológicas graves.
Com as mudanças climáticas se intensificando, é crucial que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que visem proteger os mais vulneráveis. Projetos que promovam a conscientização e ofereçam suporte a famílias afetadas por condições neurológicas podem fazer uma diferença significativa. A união em torno dessas causas é fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas na saúde mental e física da população.
Foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce, com 45.417 hectares, como parte do acordo judicial pós-rompimento da barragem de Fundão, beneficiando comunidades tradicionais e a biodiversidade local.
Iniciativas de maricultura na Ilha Grande revitalizam a produção de vieiras e ostras, com jovens locais aprendendo técnicas de cultivo e promovendo turismo comunitário. A esperança de recuperação econômica cresce.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em nove cidades do Rio Grande do Sul devido à estiagem, permitindo acesso a recursos federais para ações de defesa civil. As prefeituras podem agora solicitar ajuda para fornecer alimentos, água e kits de higiene. Com isso, o total de reconhecimentos no estado chega a 308, sendo 288 por estiagem.
A Amazônia enfrenta um dilema entre a preservação ambiental e a pobreza de sua população, enquanto nações ricas exigem sacrifícios sem reduzir suas próprias emissões. A hipocrisia global é evidente.
Quintais urbanos em São Paulo e Guarulhos se destacam como espaços de cura e sociabilidade, revelando saberes tradicionais e promovendo hortas comunitárias. Pesquisas mostram a importância desses ambientes na vida dos moradores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 3062/2022, que proíbe testes em animais para produtos de higiene e cosméticos no Brasil, promovendo métodos alternativos e fiscalização bienal. A nova legislação, que complementa a Resolução Normativa nº 58 do CONCEA, reforça o compromisso do país com a ética científica e a proteção animal.