O Brasil avança na restauração florestal com o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, que visa recuperar 12 milhões de hectares até 2030, com investimento de R$ 1 bilhão. A COP30, em novembro, será um marco para impulsionar essas iniciativas.

O Brasil lançou recentemente o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, com a meta de restaurar doze milhões de hectares até dois mil e trinta. Essa iniciativa surge em um contexto de redução do desmatamento, conforme dados da Rede Mapbiomas, que mostram avanços em todos os biomas do país. Apesar dos resultados positivos, a recuperação da vegetação é essencial para mitigar os danos causados pela degradação ambiental, especialmente na Amazônia e no Cerrado.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) destinará R$ 1 bilhão para o plano, que se alinha aos compromissos do Brasil no Acordo de Paris. A Comissão Nacional para a Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg) está identificando áreas prioritárias para restauração. Na Amazônia, projetos voluntários já reflorestaram quatorze mil hectares, enquanto medidas de compensação obrigatórias visam restaurar aproximadamente duzentos e cinquenta e oito mil hectares.
Além disso, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou dezesseis milhões de hectares de floresta em regeneração natural. No Cerrado, vinte mil hectares estão em restauração por meio de projetos voluntários, e sessenta e três mil hectares são alvo de medidas compensatórias. A secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita Mesquita, destaca que a restauração é crucial não apenas para o clima, mas também para o desenvolvimento territorial e a segurança alimentar.
A demanda por mão de obra qualificada e a disponibilidade de sementes e mudas são desafios que precisam ser superados. O MMA reconhece a importância de valorizar os saberes das populações tradicionais e fortalecer a cadeia produtiva da restauração. Sâmia Nunes, pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale, enfatiza a necessidade de ampliar programas de pagamento por serviços ambientais e aumentar a participação de comunidades tradicionais.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já destinou mais de R$ 1,1 bilhão para reflorestamento desde dois mil e vinte e três. Entre os principais investimentos estão os programas Floresta Viva e Restaura Amazônia, que visam financiar projetos em biomas diversos. O grande projeto da agenda é o Arco da Restauração, que pretende recuperar seis milhões de hectares na Amazônia até dois mil e trinta, removendo 1,65 bilhão de toneladas de CO2 da atmosfera.
Com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em novembro, o Brasil busca atrair mais recursos para iniciativas florestais. A colaboração entre governo, setor privado e comunidades é fundamental para o sucesso dessas ações. A união da sociedade pode impulsionar projetos que promovam a restauração florestal e a preservação ambiental, contribuindo para um futuro mais sustentável.

A Natura reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e direitos humanos, estabelecendo metas ambiciosas para 2030, em meio à retirada de grandes bancos americanos de alianças climáticas. A empresa destaca que a conservação da natureza e a valorização da diversidade são essenciais para sua longevidade, pedindo mobilização conjunta diante da crise climática e injustiças sociais.

A extração de colágeno da pele de jumentos para a produção de ejiao está levando à extinção da espécie no Brasil, com uma queda de 94% na população desde 1996. Pesquisadores pedem a proibição do abate e a criação de santuários.

Marcele Oliveira, de 25 anos, é a nova embaixadora da juventude climática na COP30, após vencer 23 concorrentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou sua escolha, destacando seu ativismo ambiental.

O documentário ‘Mãe Terra’, de Betse de Paula, destaca a luta de lideranças indígenas por direitos territoriais e preservação ambiental, com estreia prevista para o segundo semestre de 2024. A produção, que conta com mais de 50 horas de gravação, inclui entrevistas com Sonia Guajajara e Joenia Wapichana, além de retratar a história de figuras como Tuíre Kaiapó. A obra é um chamado urgente para reconhecer a importância das vozes femininas indígenas na proteção da floresta e da humanidade.

O Programa Amazônia Azul expande seu público-alvo para incluir quilombolas, ribeirinhos e trabalhadores da economia do mar, visando promover inclusão e desenvolvimento sustentável. A iniciativa, discutida em reunião interministerial, busca reduzir desigualdades sociais e ambientais nas comunidades costeiras, fortalecendo cadeias produtivas e ampliando o acesso a políticas públicas.

Lideranças do povo Zoró, em Mato Grosso, pedem intervenção do governo federal para conter invasões de madeireiros e garimpeiros. Eles estabeleceram barreiras e apreenderam equipamentos, mas necessitam de apoio policial para garantir a segurança.