O documentário ‘Mãe Terra’, de Betse de Paula, destaca a luta de lideranças indígenas por direitos territoriais e preservação ambiental, com estreia prevista para o segundo semestre de 2024. A produção, que conta com mais de 50 horas de gravação, inclui entrevistas com Sonia Guajajara e Joenia Wapichana, além de retratar a história de figuras como Tuíre Kaiapó. A obra é um chamado urgente para reconhecer a importância das vozes femininas indígenas na proteção da floresta e da humanidade.

O documentário ‘Mãe Terra’, dirigido por Betse de Paula, está em fase de montagem e traz à tona as vozes de lideranças indígenas, incluindo entrevistas com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a deputada federal Joenia Wapichana. A estreia está prevista para o segundo semestre de 2024, destacando a luta dos povos indígenas pela preservação de suas raízes e do meio ambiente.
Durante mais de cinquenta dias, a cineasta acompanhou seis lideranças de etnias diferentes, resultando em um material rico que aborda a diversidade dos povos originários brasileiros e as políticas ambientais. O projeto é viabilizado pelo canal Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e produzido pela BPP Produções Audiovisuais.
Com mais de cinquenta horas de gravação, o documentário inclui entrevistas inéditas e retrata o cotidiano de figuras como Nara Baré, Célia Xakriabá, Altaci Kokama e Tuíre Kaiapó, que faleceu em 2024. Tuíre ganhou notoriedade ao confrontar um engenheiro durante uma audiência sobre a construção de uma hidrelétrica no rio Xingu, em 1980.
Betse de Paula afirma que “as vozes das mulheres indígenas ecoam como uma solução” e que “a luta pela terra é a luta pela sobrevivência da própria humanidade”. O documentário também apresenta imagens de audiências, manifestações em Brasília e eventos nas aldeias, como a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, realizada em 2019, e o Acampamento Terra Livre, a maior mobilização indígena do mundo.
Sonia Guajajara, em uma das entrevistas, define a Terra como um “bem sagrado”, enfatizando a importância da conexão dos povos indígenas com a natureza. O filme busca sensibilizar o público sobre a urgência de ouvir e apoiar aqueles que sempre protegeram a floresta e seus direitos.
Iniciativas como a do documentário ‘Mãe Terra’ são fundamentais para promover a visibilidade das lutas indígenas. A união da sociedade civil pode ser um passo importante para apoiar esses projetos e garantir que as vozes dos povos originários sejam ouvidas e respeitadas.

O Brasil sediará a COP 30 em Belém, em novembro de 2023, em meio a uma crise climática e social, enfrentando desafios para garantir um financiamento climático justo. A meta global de US$ 300 bilhões até 2035 é insuficiente frente à necessidade de US$ 1,3 trilhão dos países do Sul Global.

O governo brasileiro, sob Luiz Inácio Lula da Silva, cria o Comitê Nacional de Enfrentamento ao Racismo Ambiental e Climático, visando proteger populações vulneráveis afetadas por desastres naturais. O comitê, com membros do governo e da sociedade civil, buscará articular políticas públicas e ações educativas, focando em grupos como negros, indígenas e quilombolas. A iniciativa visa consolidar esforços em justiça ambiental e enfrentar desigualdades sociais, promovendo a inclusão e a resiliência climática.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) apresentou a concessão administrativa da Transposição do Rio São Francisco no 9º Fórum Internacional de PPPs na Sérvia, destacando seu modelo inovador para enfrentar desafios climáticos e garantir acesso à água. A proposta envolve uma parceria público-privada com a União e os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco, visando soluções sustentáveis e equitativas.

Censo revela que 11,8 milhões de pessoas residem em Unidades de Conservação no Brasil, com 131 mil em áreas onde a habitação é proibida, destacando a complexidade das ocupações e precariedades enfrentadas. A maioria é parda, com aumento de quilombolas e indígenas, evidenciando conflitos entre políticas ambientais e regularização fundiária.

Ministério do Trabalho firma convênio de R$ 15,8 milhões com a ONG Unisol para limpeza da terra yanomami, gerando polêmica sobre a gestão dos recursos e a seleção das entidades envolvidas. A Unisol, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, terá a responsabilidade de retirar resíduos e promover educação ambiental, mas as atividades só devem iniciar no segundo semestre.

O Museu da Pessoa lança o projeto "Vidas, Vozes e Saberes em um Mundo em Chamas", com curadoria de Ailton Krenak, abordando o impacto das mudanças climáticas em narrativas de enchentes e povos originários. A iniciativa visa destacar as vozes afetadas e conta com apoio do Ministério da Cultura e da Petrobras.