Ministério do Trabalho firma convênio de R$ 15,8 milhões com a ONG Unisol para limpeza da terra yanomami, gerando polêmica sobre a gestão dos recursos e a seleção das entidades envolvidas. A Unisol, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, terá a responsabilidade de retirar resíduos e promover educação ambiental, mas as atividades só devem iniciar no segundo semestre.
O Ministério do Trabalho firmou um convênio de R$ 15,8 milhões com a ONG Unisol, vinculada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para a retirada de lixo na terra indígena yanomami, em Roraima. O acordo foi assinado pela Secretaria de Economia Popular e Solidária, sob a liderança do ex-ministro Gilberto Carvalho, próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Unisol, que opera em um espaço modesto, tem diretores que também são filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT).
O contrato com a Unisol é o segundo maior financiado pelo governo em 2024 para políticas voltadas aos povos indígenas, ficando atrás apenas de um repasse de R$ 64,2 milhões a uma empresa de serviços aéreos. O total de R$ 254 milhões foi reservado no ano anterior para a gestão dessas políticas. O recurso foi depositado integralmente na conta da ONG em 31 de dezembro, três dias após a assinatura do convênio.
A Unisol deverá subcontratar serviços de limpeza, contabilidade e assessoria jurídica, além de coordenadores. O convênio foi mencionado em uma reportagem que destacou o aumento de repasses do Ministério do Trabalho para ONGs. Desde o início de maio, a reportagem tentou contato com o presidente da Unisol, Arildo Lopes, mas não obteve resposta.
O edital que resultou na contratação da Unisol foi lançado em novembro e visa capacitar catadores de materiais recicláveis, promover educação ambiental e destinar adequadamente resíduos sólidos em dez bases yanomami. O governo justifica a necessidade da ação devido ao acúmulo de resíduos gerados por cestas básicas doadas aos povos isolados, que impactam o meio ambiente e a saúde indígena.
Das dez ONGs que se candidataram, metade foi desclassificada. A CEA (Centro de Estudos e Assessoria), outra entidade selecionada, receberá R$ 4,2 milhões, dos quais R$ 1,6 milhão já foi pago. A seleção das entidades foi feita por uma comissão do ministério, que avaliou os projetos apresentados, embora as análises tenham mostrado divergências nas notas atribuídas.
O termo de fomento com a Unisol prevê a liberação do recurso em parcela única, respeitando as metas da parceria. Apesar do pagamento já ter sido realizado, as atividades de campo devem começar apenas no segundo semestre. O plano de trabalho da ONG não especifica uma quantidade mínima de lixo a ser removida, mas inclui metas de fortalecimento de organizações de catadores e ações de educação ambiental. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a enfrentar os desafios ambientais e sociais que afetam a terra yanomami.
Neste domingo, 13 de julho, cerca de 20 voluntários, incluindo membros da Nova Acrópole, realizaram a 11ª limpeza do Parque de Águas Claras, retirando 33 sacos de lixo não orgânico. A ação visa promover a responsabilidade ambiental e a conexão com a natureza.
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará pediu a anulação de um contrato de R$ 1 bilhão para a venda de créditos de carbono, alegando irregularidades e falta de consulta a comunidades tradicionais. O governo do Pará, sob Helder Barbalho, enfrenta ação judicial por vender créditos sem consulta adequada, podendo resultar em R$ 200 milhões em danos morais coletivos. A COP30 em Belém intensifica a pressão sobre comunidades locais.
Líder indígena Maria de Fátima Muniz foi assassinada em ataque na Bahia, enquanto a violência contra povos indígenas no Brasil cresce, com mais de 211 mortes e aumento de suicídios em 2024.
A COP30 ocorrerá em Belém do Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025, destacando a Amazônia e suas desigualdades sociais. A conferência busca promover um desenvolvimento que respeite saberes locais e a biodiversidade.
Investimentos em adaptação climática podem gerar até US$ 10,5 em benefícios por cada dólar aplicado, segundo estudo do WRI. Projetos no Brasil, como o de Fortaleza, demonstram retornos significativos, mesmo sem desastres.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) concluiu a minuta do Programa de Desenvolvimento Econômico Sustentável para a Amazônia Azul, focando em emprego e conservação ambiental. A proposta, construída em colaboração com diversos órgãos, visa fortalecer a economia costeira e marinha, alinhando-se à Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). A resolução será deliberada em setembro de 2025, com recursos do Orçamento Geral da União e financiamentos do BNDES.