Lideranças do povo Zoró, em Mato Grosso, pedem intervenção do governo federal para conter invasões de madeireiros e garimpeiros. Eles estabeleceram barreiras e apreenderam equipamentos, mas necessitam de apoio policial para garantir a segurança.

Lideranças do povo indígena Zoró, localizado no noroeste de Mato Grosso, solicitaram a intervenção do governo federal para enfrentar a invasão de madeireiros e garimpeiros em seu território. As ações de proteção começaram há 20 dias, com a instalação de barreiras em pontos estratégicos, apoiadas por outras lideranças e aldeias. Os Zoró apreenderam máquinas e equipamentos, estabelecendo um prazo para a saída voluntária dos invasores. Contudo, os líderes reconhecem que a falta de apoio policial dificulta a resolução do conflito.
O cacique geral do povo Zoró, Panderewup Zoró, destacou a dificuldade enfrentada para organizar a resistência e a necessidade de apoio governamental. Ele afirmou: "Sabemos que sozinhos não vamos dar conta, precisamos dos órgãos dos governos fazendo a sua parte." A situação se agrava com relatos de ataques, incêndios criminosos e ameaças às lideranças que lutam pela preservação do território.
A Associação do Povo Indígena Zoró (Apiz) informou que a exploração ilegal de recursos naturais na região aumentou desde 2022, especialmente após a atuação da Agência Nacional de Mineração (ANM). Os Zoró têm se mobilizado para proteger seu território diante das ameaças crescentes, que incluem a expansão do agronegócio e da mineração.
No início deste mês, representantes dos Zoró levaram suas denúncias à equipe do Ministério dos Povos Indígenas e da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Brasília. Eles reforçaram um pedido anterior para que os órgãos federais aumentem a presença na região. Alexandre Xiwekalikit Zoró, diretor-presidente da Apiz, afirmou: "Não havendo ação por parte do governo, todo trabalho feito e riscos que corremos serão em vão."
Os Zoró e outros povos de língua Tupi-Mondé são habitantes tradicionais da região noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. A Terra Indígena Zoró já é homologada pela União e abriga cerca de oitocentos indígenas em trinta aldeias, que preservam sua cultura, idioma e práticas de manejo sustentável da floresta.
Em meio a essa situação crítica, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar os Zoró em sua luta pela preservação de seu território e cultura. Iniciativas que promovam a solidariedade e o apoio a esses povos são essenciais para garantir a continuidade de suas tradições e a proteção de suas terras.

Fany Kuiru Castro se torna a primeira mulher a liderar mais de 400 povos indígenas da Pan-Amazônia, destacando o papel do Papa Francisco na defesa dos direitos indígenas e na conscientização ambiental. A encíclica Laudato si e o Sínodo da Amazônia foram marcos importantes na luta pela proteção da floresta e dos povos que nela habitam.
A Câmara dos Deputados aprovou a "Lei do Mar", que estabelece diretrizes para a exploração sustentável dos oceanos e conservação dos ecossistemas marinhos, agora aguardando análise do Senado. Municípios costeiros terão quatro anos para adaptar seus planos diretores, incorporando práticas de turismo sustentável e conservação. O projeto, que tramita desde 2013, enfrenta resistência do partido Novo, que critica a ampliação da intervenção estatal. A nova política inclui o conceito de "poluidor-pagador" e incentivos para "protetores-recebedores".

João Álvaro Pantoja e Bruno Corrêa compartilham suas experiências de paternidade, destacando a conexão com a natureza e a educação ambiental como fundamentais para formar crianças conscientes. Ambos buscam cultivar valores de empatia e respeito à diversidade em seus filhos, promovendo um futuro sustentável.

A Justiça Federal suspendeu a licença do Hotel Spa Emiliano em Paraty, exigindo consulta às comunidades tradicionais afetadas, destacando riscos socioambientais e falta de diálogo. A decisão reflete a luta das comunidades contra o projeto.

Líder indígena Maria de Fátima Muniz foi assassinada em ataque na Bahia, enquanto a violência contra povos indígenas no Brasil cresce, com mais de 211 mortes e aumento de suicídios em 2024.

Termo de compromisso entre ICMBio e comunidade guarani no Paraná permite permanência em terras sobrepostas a reserva biológica, gerando protestos de entidades conservacionistas. A gestão indígena é reconhecida como essencial para a conservação das florestas.