O projeto Confirmação Vocal do Público Transgênero, fundado por João Lopes, transforma vidas ao ajudar pessoas trans a adequar sua voz à identidade de gênero, promovendo autoestima e inclusão social. Lune Yunka e Jordhan Lessa destacam a relevância do tratamento, que vai além da fonoaudiologia, oferecendo suporte psicológico e nutricional.
No final do ano passado, Lune Yunka, de 34 anos, descobriu um serviço transformador na Praça da Bandeira: o projeto Confirmação Vocal do Público Transgênero. Criado em 2016 pelo fonoaudiólogo João Lopes, professor da Universidade Veiga de Almeida (UVA), o projeto oferece atendimentos gratuitos para ajudar homens e mulheres trans e travestis a ajustarem suas vozes à identidade de gênero. Os atendimentos ocorrem no Centro de Saúde e Pesquisa Veiga de Almeida (CSVA), na Grande Tijuca.
João Lopes explica que a adequação vocal é essencial para o bem-estar emocional e social de pessoas trans e travestis. "Buscamos tratar a disforia de voz, que é a sensação de desconforto quando a voz não reflete a identidade", afirma. Lune, graduada em Cinema e atuando na área de marketing, relata que o tratamento tem sido um reencontro consigo mesma, destacando a importância do serviço para a comunidade LGBTQIAPN+ e para a sociedade como um todo.
Os atendimentos são realizados por alunos do curso de Fonoaudiologia da UVA, sob supervisão de Lopes. O tratamento inclui exercícios para fortalecer a laringe, variação tonal, prosódia e estética vocal, além de fotobiomodulação (FBM), uma forma de laserterapia. A recomendação é que os pacientes participem do programa por pelo menos um semestre para obter resultados significativos.
Jordhan Lessa, primeiro servidor municipal do Rio a se declarar publicamente trans, foi um dos primeiros a participar do projeto. Ele compartilha sua experiência, destacando a dificuldade que enfrentou durante a modulação da voz. "Uma pessoa cisgênero passa por mudanças na puberdade, mas para nossa comunidade, a questão da voz é pouco discutida", comenta. Hoje, aos 58 anos, Jordhan é graduado em Serviço Social e pós-graduando em Desenvolvimento Humano.
O projeto também colabora com outras graduações da Veiga de Almeida, oferecendo acesso a serviços de psicologia, enfermagem e nutrição a preços populares. Essa abordagem integrada visa atender às diversas necessidades da comunidade trans e travesti, promovendo um ambiente de acolhimento e suporte.
Iniciativas como essa merecem ser apoiadas e ampliadas. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas que buscam adequar sua voz à sua identidade de gênero, contribuindo para um mundo mais inclusivo e respeitoso. Cada ação conta e pode transformar realidades.
A Escola do Teatro Bolshoi realizará pré-seleções em comunidades do Rio, buscando novos talentos para o balé, assim como fez com as gêmeas Rayssa e Rayanne Nunes, que mudaram de vida após serem aprovadas.
A exposição "Entre corpos", no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, apresenta obras de artistas do Instituto Meca, explorando ancestralidade e justiça social até 24 de agosto. Com curadoria de Nathália Grilo, a mostra destaca a transformação de um espaço industrial em um polo criativo, promovendo a arte como ferramenta de mudança social.
A Câmara dos Deputados, sob a liderança de Hugo Motta, se prepara para votar um pacote de projetos visando proteger crianças nas redes sociais, após a denúncia impactante do youtuber Felipe Bressanim sobre a exploração de menores.
Uma pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta que Niterói investiu menos de 1% do orçamento entre 2018 e 2021 em ações de equidade de gênero e raça, evidenciando desigualdades regionais. A análise revelou que apenas 73 das 370 ações do Plano Plurianual abordaram esses temas, com apenas R$ 131 milhões executados. A região das Praias da Baía recebeu R$ 57,3 milhões, enquanto a região Norte, com maior população negra e periférica, recebeu apenas R$ 7,9 milhões. A Secretaria Municipal de Planejamento contestou a metodologia do estudo, alegando que as políticas são transversais.
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou de mutirão no Hospital Universitário de Brasília, onde foram realizadas 28 cirurgias e inaugurados novos equipamentos de diagnóstico, ampliando o acesso ao SUS.
A recente dispersão dos usuários de crack na cracolândia de São Paulo, em 13 de maio, ecoa a abolição da escravidão, revelando a falta de suporte e reintegração social. O governo enfrenta novos desafios com a formação de minicracolândias.