Claudia Barros, diretora do Ibama, critica projeto de lei que flexibiliza licenciamento ambiental, alertando para riscos à avaliação de viabilidade e ao papel do ICMBio. Ela destaca a necessidade de investimento no sistema.
A diretora de Licenciamento Ambiental do Ibama, Claudia Barros, expressou preocupações sobre um projeto de lei que propõe a flexibilização do licenciamento ambiental no Brasil. Em entrevista ao GLOBO, ela afirmou que a proposta compromete a avaliação da viabilidade de projetos, essencial para garantir a proteção ambiental. Claudia destacou a importância de um sistema robusto, em vez de desmantelar as estruturas existentes, enfatizando a necessidade de investimento no Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
Claudia Barros ressaltou que o licenciamento ambiental é crucial para a análise de impactos de empreendimentos. Segundo ela, quando um instituto ambiental indica que uma região não suporta novos projetos, essa decisão é baseada em critérios técnicos e científicos. A fragilização da avaliação de impacto ambiental pode resultar na perda de compreensão sobre os efeitos indiretos de novos projetos, comprometendo a eficácia do licenciamento.
Um dos pontos críticos do projeto de lei é a mudança no papel de órgãos como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A proposta sugere que suas avaliações não sejam mais vinculativas, mas apenas opinativas. Claudia alertou que isso pode enfraquecer a proteção de áreas ecossistêmicas importantes, que são fundamentais para a preservação ambiental no Brasil.
Sobre as críticas relacionadas à demora no licenciamento, Claudia convidou os parlamentares a analisarem os processos do Ibama. Ela explicou que o tempo de espera pode ser influenciado por diversos fatores, como pedidos de complementação e a judicialização de processos. O Tribunal de Contas da União (TCU) já verificou que a maioria das licenças, especialmente no setor de transmissão de energia, é emitida dentro do prazo.
Atualmente, o Ibama conta com apenas 290 técnicos para gerenciar mais de quatro mil projetos, o que torna a situação desafiadora. Claudia observou que, enquanto alguns setores, como o de transmissão de energia, apresentam um bom planejamento, outros não se organizam adequadamente, sobrecarregando o órgão ambiental. Ela defendeu a necessidade de um planejamento mais eficaz por parte dos empreendedores.
O modelo de licenciamento em três fases, embora criticado, é o mais utilizado pelo Ibama, mas existem alternativas para projetos menos complexos. Claudia enfatizou que a análise de impactos ambientais é essencial para garantir a viabilidade dos empreendimentos. Em tempos de desafios ambientais, a união da sociedade pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que promovam a proteção do meio ambiente e a sustentabilidade.
Incêndios florestais no Brasil aumentam em frequência e intensidade, devastando áreas maiores que a Itália em 2024, devido a fatores climáticos e humanos, sem um sistema nacional eficaz de combate. A combinação de mudanças climáticas e degradação ambiental tem intensificado os incêndios na Amazônia e no Pantanal, revelando a urgência de um sistema nacional de combate a incêndios.
A Ambipar inicia testes com o biocombustível Be8 BeVant em Santa Catarina, visando reduzir até 99% as emissões de gases de efeito estufa em suas operações logísticas. A parceria com a Be8 reforça a busca por soluções sustentáveis.
Ibama intensifica fiscalização na Terra Indígena Kayapó, completando 75 dias de operação contra garimpo ilegal, com a destruição de 117 acampamentos e 358 motores. A ação visa proteger o meio ambiente e os direitos indígenas.
Uma carreta que transportava corante colidiu com um poste em Jundiaí, resultando em um vazamento de 2 mil litros do produto. Aves foram afetadas e capivaras estão sendo monitoradas. A via foi interditada.
O Brasil enfrenta um aumento alarmante de desastres climáticos, com 7.539 eventos de chuvas extremas entre 2020 e 2023, afetando 91,7 milhões de pessoas e gerando prejuízos de R$ 146,7 bilhões.
O Innova Summit 2025, em Brasília, destaca inovações em sustentabilidade com projetos de compostagem, restauração do Cerrado e técnicas de plantio sustentável, promovendo impacto social positivo. Empreendedores como Micael Cobelo, Nathaly Maas e a dupla Alexandre Nogales e Matheus Destro apresentam soluções que transformam resíduos em adubo, restauram ecossistemas e capacitam comunidades rurais.