Proprietários rurais de São Paulo conhecem a legislação sobre áreas de preservação, mas priorizam benefícios econômicos em vez de restaurar florestas, ignorando o sequestro de carbono. A pesquisa da Esalq-USP revela a necessidade de maior conscientização e incentivo econômico para a restauração florestal.
A legislação brasileira exige que propriedades rurais mantenham áreas de preservação, como Áreas de Proteção Permanente (APPs) e Reservas Legais, para proteger a vegetação nativa e os recursos hídricos. Um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) revela que, apesar da consciência sobre a legislação, proprietários rurais de São Paulo hesitam em restaurar florestas, priorizando benefícios econômicos e demonstrando pouco interesse no sequestro de carbono.
O estudo, publicado na revista Restoration Ecology, analisou as motivações de noventa proprietários rurais em treze municípios do Estado de São Paulo. A pesquisa focou em três aspectos principais: as razões para a diminuição, manutenção ou ampliação das áreas florestais; os benefícios associados a essas áreas; e a disposição para restaurar florestas. Os resultados indicam que proprietários de grandes áreas desmataram mais entre mil novecentos e oitenta e cinco e dois mil e quinze, citando incentivos governamentais e aumento da renda como principais motivos.
Os proprietários que mantiveram áreas florestais frequentemente mencionaram a conservação da água e o cumprimento da legislação como razões para essa decisão. Já aqueles que ampliaram a cobertura florestal o fizeram devido à necessidade de adequação à lei e à conservação da água. A pesquisa também revelou que a maioria dos entrevistados percebeu uma redução na disponibilidade de água ao longo dos anos, atribuída a fatores como desmatamento e uso irracional da água.
Embora a maioria dos proprietários tenha se mostrado disposta a restaurar áreas florestais, essa disposição se limita principalmente à preservação das florestas existentes e à manutenção de áreas já restauradas. Apenas uma pequena fração, dois por cento, demonstrou interesse em investir ativamente na restauração, como adquirir mudas e promover reflorestamento.
A pesquisa destacou que, apesar de estarem bem informados e possuírem acesso a assistência técnica, os proprietários não se sentem motivados a contribuir para a restauração de áreas em suas propriedades. A falta de interesse no sequestro de carbono, com apenas nove por cento reconhecendo esse benefício, sugere a necessidade de uma melhor comunicação sobre os impactos econômicos e sociais da conservação florestal.
Os resultados indicam que o fator econômico é central nas decisões dos proprietários. Para promover uma mudança significativa, é essencial discutir uma transição para uma agricultura mais ecológica que inclua a restauração de florestas. Iniciativas que incentivem a conservação e restauração florestal podem ser fundamentais para reverter a situação atual e beneficiar tanto o meio ambiente quanto a comunidade local.
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