Impacto Social

Quadrilhas juninas no DF: um movimento cultural que transforma vidas e aquece a economia local

O presidente da Federação das Quadrilhas Juninas do Distrito Federal, Robson Vilela, destaca a relevância social e econômica do movimento junino, que mobiliza comunidades e gera empregos. Em 2025, quadrilhas investem até R$ 350 mil em suas apresentações, refletindo a crescente valorização do setor.

Atualizado em
May 13, 2025
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Podcast Robson Vilela e apresentadores José Carlos Vieira e Mariana Saraiva - (crédito: Bruna Gaston CB/DA Press)

O presidente da Federação das Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Fequaju-DFE), Robson Vilela, conhecido como Fusca, participou de um podcast do Correio, onde discutiu a temporada de quadrilhas juninas de 2025. Fusca destacou que o movimento vai além da competição, funcionando como uma ferramenta de transformação social. Ele enfatizou que muitos jovens e crianças encontram nas quadrilhas um espaço de apoio e diálogo, especialmente aqueles que enfrentam dificuldades familiares.

O impacto econômico das quadrilhas juninas no Distrito Federal é significativo. Durante a temporada, vendedores ambulantes e barracas de comida se tornam essenciais, com muitos relatos de que essa época do ano representa um "13º salário" para muitas famílias. O movimento não apenas promove a cultura, mas também gera empregos em diversas áreas, como música e transporte de equipamentos, contribuindo para a economia criativa local.

As quadrilhas também desempenham um papel importante na divulgação das cidades do DF. Cada grupo representa sua localidade com orgulho, como a Si Bobiá a Gente Pimba de Samambaia e a Sanfona Lascada de Ceilândia. A mobilização da comunidade é evidente, com moradores organizando caravanas para apoiar suas quadrilhas nas competições, reforçando o sentimento de pertencimento e identidade regional.

Os ensaios para as competições estão em pleno andamento, com grupos se dedicando intensamente, ensaiando até altas horas da madrugada. O investimento médio por quadrilha chega a R$ 350 mil, cobrindo aspectos como cenografia e figurinos. A expectativa é alta, com algumas quadrilhas já revelando seus temas, enquanto outras mantêm segredo, aumentando a ansiedade para as apresentações.

As empresas locais começaram a reconhecer a relevância do setor junino, com marcas nacionais investindo no movimento. Apesar do receio inicial, o interesse tem crescido, refletindo a importância das quadrilhas para a economia do DF. A Fequaju-DFE programou quatro etapas de apresentações, das quais três serão classificatórias, culminando na grande final em Ceilândia, onde as dez melhores quadrilhas se enfrentarão.

O movimento junino tem gerado histórias emocionantes, com pessoas de diferentes idades se unindo nas apresentações. Os temas das quadrilhas são cuidadosamente elaborados, envolvendo pesquisa e criatividade. O estilo de dança, característico de Brasília, se destaca pela sua energia e dinamismo. Essa união e dedicação mostram como a cultura pode transformar vidas. Em tempos como este, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a inclusão e a valorização cultural.

Correio Braziliense
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