Em 2024, o Brasil registrou queimadas em 30 milhões de hectares, com a Amazônia sendo a mais afetada, totalizando 15,6 milhões de hectares queimados, um aumento alarmante de 117% em relação à média histórica. O Relatório Anual do Fogo (RAF) do MapBiomas revela que a degradação florestal, impulsionada por ações humanas e secas severas, pode levar à savanização da região.

Em 2024, o Brasil registrou queimadas que afetaram 30 milhões de hectares, uma área equivalente ao tamanho da Itália, conforme o Relatório Anual do Fogo (RAF) do MapBiomas. O total queimado foi 62% superior à média histórica, com 29% das queimadas ocorrendo em mega eventos que afetaram mais de 100 mil hectares. A Amazônia foi o bioma mais impactado, com 15,6 milhões de hectares queimados, um aumento de 117% em relação à média histórica desde 1985.
Os dados revelam uma mudança qualitativa significativa: pela primeira vez, as florestas foram o tipo de cobertura vegetal mais afetado na Amazônia, com 6,7 milhões de hectares queimados. Anteriormente, as pastagens eram as mais atingidas. Essa alteração indica que a dinâmica da floresta está mudando, tornando-se mais vulnerável ao fogo. O coordenador de mapeamento do bioma Amazônia do MapBiomas, Felipe Martenexen, destacou que as queimadas são resultado da ação humana, exacerbadas por dois anos consecutivos de seca severa.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) também apontou um aumento de 91% no desmatamento da Amazônia em maio, atribuindo parte desse crescimento às queimadas. O governo federal alertou que a degradação da floresta agora apresenta um novo perfil, influenciado pelas mudanças climáticas e secas prolongadas. O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, enfatizou que a repetição de incêndios compromete a capacidade de regeneração da floresta.
Além da Amazônia, outros biomas também sofreram com as queimadas. A Mata Atlântica registrou um aumento de 261% na área queimada, totalizando 1,2 milhão de hectares, o maior desde 1985. O Pantanal teve um aumento de 157%, enquanto o Cerrado viu um crescimento de 10%, com 10,6 milhões de hectares queimados. Por outro lado, os biomas Pampa e Caatinga foram os únicos a apresentar queda na área queimada em 2024.
O MapBiomas também lançou a Coleção 4 de mapas de cicatrizes de fogo do Brasil, mostrando que 24% do território nacional queimou pelo menos uma vez entre 1985 e 2024. Ao longo das últimas quatro décadas, 206 milhões de hectares foram afetados pelo fogo em diferentes intensidades nos biomas do país. Essa situação alarmante exige uma resposta coletiva e ações efetivas para mitigar os danos e promover a recuperação ambiental.
Nessa conjuntura crítica, a mobilização da sociedade civil é fundamental. Projetos que visem a recuperação das áreas afetadas e a preservação dos biomas podem fazer a diferença. A união de esforços pode ajudar a restaurar a biodiversidade e garantir um futuro mais sustentável para o Brasil.

Operação conjunta do Ibama, Polícia Federal e Funai destrói 16 dragas e 4 rebocadores no rio Jandiatuba, combatendo o garimpo ilegal e protegendo a Amazônia e comunidades indígenas. A ação reforça o compromisso com a preservação ambiental e a responsabilização dos infratores.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, lamenta a aprovação do PL do licenciamento ambiental, que pode causar devastação. Ela destaca a violência política de gênero e a urgência de uma mudança cultural para a proteção ambiental.

Grupo de Trabalho apresenta 20 ações para proteger a Foz do Amazonas, incluindo a criação do Instituto Nacional da Foz do Rio Amazonas e um Mosaico de Áreas Protegidas Marinhas, visando equilibrar exploração e conservação.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu um proprietário e um responsável por perfuração ilegal de poço artesiano em Sobradinho, onde não havia licença para operação. A ação foi resultado de uma denúncia recebida.

Estudo da Unicamp revela agrotóxicos na água da chuva em Campinas, Brotas e São Paulo. A pesquisa alerta para riscos no uso dessa água, destacando a presença de atrazina, herbicida proibido.

Mais de 600 toneladas de alimentos apreendidos na fronteira Brasil-Paraguai foram convertidas em biometano, abastecendo veículos da Usina de Itaipu e promovendo energia limpa. A iniciativa reutiliza produtos irregulares e vencidos, contribuindo para a descarbonização do transporte no Brasil.