A desigualdade no acesso a áreas verdes urbanas no Brasil afeta a saúde mental e física de populações de baixa renda, sobrecarregando o SUS. A falta de vegetação impacta diretamente a qualidade de vida e bem-estar.

O acesso desigual a áreas verdes urbanas no Brasil é um problema histórico que afeta principalmente as populações pretas e pardas. Recentemente, estudos mostraram que a falta de acesso a esses espaços impacta negativamente a saúde mental e física de comunidades de baixa renda, intensificando desigualdades sociais e sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS).
Um exemplo dessa situação ocorreu em um condomínio, onde moradores expressaram preocupações sobre crianças de fora do bairro brincando em uma praça pública. A discussão revelou um fenômeno conhecido como racismo ambiental, onde as disparidades sociais influenciam o acesso a áreas verdes. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que um terço da população brasileira vive em ruas sem árvores, o que representa cerca de 58 milhões de pessoas sem acesso aos benefícios da vegetação urbana.
Esses benefícios, conhecidos como serviços ecossistêmicos, incluem a produção de oxigênio, a mitigação de gases do efeito estufa e a melhoria da qualidade do ar. Além disso, áreas verdes oferecem sombra, abastecem fontes de água e promovem a saúde mental através de atividades ao ar livre. Durante a pandemia de Covid-19, um estudo da Universidade do País Basco demonstrou que o acesso a espaços verdes reduziu sintomas de depressão e ansiedade, mesmo para aqueles que apenas podiam observar árvores pela janela.
Entretanto, o acesso a áreas verdes é frequentemente associado a populações com maior poder aquisitivo e escolaridade. As comunidades pretas e pardas, que historicamente enfrentam desigualdades, têm menos acesso a esses espaços, que se tornaram quase um luxo. Essa realidade é preocupante, pois a falta de áreas verdes está ligada a um aumento no risco de doenças cardiorrespiratórias, afetando diretamente a saúde dessas populações e contribuindo para a sobrecarga do SUS.
Com a previsão da ONU de que até 2050, setenta por cento da população mundial viverá em áreas urbanas, a situação pode se agravar. As cidades já enfrentam desafios relacionados a mudanças climáticas e especulação imobiliária, que afastam grupos marginalizados para as periferias. Em um país com desigualdades profundas, o acesso a áreas verdes continua sendo um privilégio de poucos, exigindo políticas públicas eficazes e a colaboração da sociedade.
É fundamental que a sociedade civil se mobilize para garantir que os benefícios da natureza sejam acessíveis a todos. Projetos que promovam a inclusão e o acesso a áreas verdes podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Nossa união pode ajudar a transformar essa realidade e garantir que todos tenham o direito de desfrutar dos espaços públicos.

A IV Marcha das Mulheres Indígenas ocorrerá em Brasília de 2 a 8 de agosto, reunindo mais de sete mil participantes para fortalecer a luta por direitos e reconhecimento. O evento, promovido pela União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira e pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade, incluirá debates sobre temas cruciais e culminará em uma mobilização até o Congresso Nacional, destacando a importância do protagonismo feminino na proteção ambiental e na defesa dos territórios indígenas.

Lula destaca a importância do respeito aos direitos indígenas em visita ao Parque Nacional do Xingu, onde cacique Raoni alerta sobre os riscos da exploração de petróleo na Amazônia.

Patrícia Muniz de Lima criou o Gamezônia, um jogo educacional sobre a Amazônia, visando conscientizar sobre desmatamento e biodiversidade. A iniciativa busca expandir e participar da COP30.

O Complexo Pequeno Príncipe, em Curitiba, é o primeiro hospital brasileiro a adquirir créditos de biodiversidade, investindo US$ 15 mil em ações de conservação ambiental. A iniciativa marca um avanço significativo na integração entre saúde e sustentabilidade.

O projeto "Ressignifica" da Universidade Federal Fluminense (UFF) já removeu mais de quatro toneladas de lixo do Rio João Mendes, transformando resíduos em biocarvão e adubo. A iniciativa, coordenada pela professora Dirlane de Fátima do Carmo, visa promover educação ambiental e engajamento da comunidade local, oferecendo alternativas sustentáveis para o reaproveitamento de materiais.

A Justiça Federal do Amapá exige que a União, o Incra e a Fundação Palmares apresentem um cronograma para a titulação das terras do quilombo Kulumbú do Patuazinho em 30 dias. A comunidade enfrenta invasões e ameaças devido a planos de exploração de petróleo na região.