Em 2024, a média de Redação do Enem alcançou seu maior nível desde 2018, mas o percentual de notas acima de 900 caiu de 10,7% para 7,24%, devido ao aumento de alunos da rede pública e rigor na correção.

Em 2024, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou a maior média de notas em Redação desde o início da série histórica em 2018. Apesar desse aumento, o percentual de alunos que obteve notas acima de novecentos pontos caiu de 10,7% para 7,24% em relação a 2023. Especialistas atribuem essa queda ao crescimento do número de estudantes da rede pública e ao aumento do rigor na correção das redações.
Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que a média das escolas públicas em Redação subiu de 576 pontos em 2023 para 618 pontos em 2024, um crescimento de 7,25%. Em contraste, as escolas privadas tiveram um aumento mais modesto, de 751 para 762 pontos, representando um salto de 1,53%.
A diferença entre as médias das instituições públicas e privadas em 2024 foi a menor em sete anos, com uma discrepância de 144 pontos. Em 2018, essa diferença era de 261 pontos. Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Educação, destaca que, embora as notas tenham aumentado, isso não significa que a qualidade da escrita dos alunos tenha melhorado, mas sim que os candidatos aprenderam a redigir de forma mecânica.
O número de escolas com média acima de setecentos pontos cresceu significativamente, passando de 1.358 em 2018 para 6.936 em 2024, o que representa trinta por cento do total. Entretanto, o número de redações com notas acima de novecentos pontos caiu, refletindo uma tendência inversa. Estados como Minas Gerais e Piauí se destacam com as maiores proporções de alunos com notas superiores a novecentos, enquanto Roraima e Amazonas apresentam as menores.
Celedônio também aponta que o aumento de alunos da rede pública, que cresceu em oitenta e quatro por cento, impactou a redução das notas mais altas. O Ministério da Educação (MEC) informou que apenas doze redações alcançaram a nota máxima de mil pontos em 2024, um número cinco vezes menor que em 2023. A mudança na banca de correção e o uso de temas debatidos na sociedade também influenciaram esses resultados.
O professor Rodrigo Travitzki, da Faculdade de Educação da Unicamp, ressalta que a redação do Enem não segue o mesmo método de correção das questões objetivas, o que limita a comparabilidade entre os anos. A divulgação de dicas de redação nas redes sociais e o uso de inteligência artificial para correção nas escolas públicas podem ter contribuído para a melhoria do desempenho. Em tempos de desafios educacionais, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a educação de qualidade.

Estão abertas as inscrições para o 26º Encontro USP Escola, que ocorrerá de 14 a 16 de julho, oferecendo mais de 50 cursos gratuitos para professores da educação básica. O evento visa promover o diálogo entre docentes e compartilhar experiências sobre os desafios contemporâneos da educação. As inscrições vão até 29 de maio e as atividades acontecerão em diversas unidades da USP.

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) abre inscrições para 2.083 vagas em cursos gratuitos no segundo semestre de 2025, com prazos até 5 de junho e provas em 6 de julho. A seleção prioriza estudantes da rede pública.

A proibição do uso de celulares nas escolas do Distrito Federal, segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, resultou em maior interação entre os alunos. O projeto "Ponte para o Mundo" levará 100 estudantes para intercâmbio no Reino Unido.

Trinta alunas do ensino médio no Distrito Federal vão assumir cargos de liderança por um dia, promovendo empoderamento feminino e equidade de gênero. O projeto Meninas em Ação começa em 10 de outubro.

A superintendente do Itaú Social, Patrícia Mota Guedes, enfatiza a necessidade de compreender as transformações dos adolescentes no ensino fundamental 2 e de criar vínculos de confiança nas escolas. A abordagem deve valorizar múltiplas aprendizagens e promover um ambiente de escuta e acolhimento.

Censo Escolar 2024 revela queda de 300 mil matrículas na Educação Básica, mas aumento de 113 mil no Ensino Médio. MEC destaca desafios e avanços em tempo integral e creches.