Proposta de reforma do Código Civil no Senado pode classificar animais como "seres sencientes", permitindo ações judiciais em seu nome, mas ainda os mantém como bens. Especialistas divergem sobre os impactos dessa mudança.
Uma proposta de reforma do Código Civil brasileiro, atualmente em trâmite no Senado, busca alterar a classificação legal dos animais, reconhecendo-os como "seres sencientes". Essa mudança, prevista no artigo 91-A do projeto, visa reconhecer a capacidade dos animais de sentir dor, alegria e medo, conforme explica o professor de Direito Civil Tagore Trajano, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A nova classificação poderia criar uma terceira categoria jurídica, distinta de pessoas e objetos.
Embora o texto da reforma ainda mantenha os animais vinculados ao regime de bens, especialistas como Gustavo Kloh, professor de Direito Civil da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio), acreditam que isso pode fortalecer os direitos dos animais. Ele destaca que a proposta abre espaço para a legitimidade processual dos animais, permitindo que sejam autores de ações judiciais, representados por tutores ou organizações não governamentais (ONGs).
Um caso emblemático foi o de dois cães, Rambo e Spike, que foram reconhecidos como autores de um processo judicial após sofrerem maus-tratos. Embora a Justiça tenha inicialmente negado a capacidade processual dos animais, a decisão foi revista em 2021, resultando no reconhecimento dos maus-tratos, mas sem a concessão de indenização por danos morais. A advogada Evelyne Paludo, que representou os cães, optou por não recorrer para garantir a segurança dos animais.
Outros casos, como o de Tom e Pretinha, também mostram avanços, com a Justiça determinando indenização em favor dos cães após serem feridos por um vizinho. No entanto, nem sempre as decisões são favoráveis. Em 2021, o Tribunal de Justiça da Paraíba negou a um cachorro a possibilidade de ser autor de uma ação, argumentando que ele carecia de personalidade jurídica. Essa situação reflete a falta de consenso sobre a capacidade processual dos animais na legislação atual.
Críticos da proposta, como a advogada Evelyne Paludo, alertam que, apesar do reconhecimento da senciência, os animais ainda seriam tratados como bens, o que poderia limitar seus direitos. Por outro lado, defensores da reforma, como Ana Paula Vasconcelos, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, consideram que a nova classificação oferece maior proteção jurídica, permitindo uma defesa mais robusta dos direitos dos animais.
A proposta de reforma também inclui a obrigação de ex-cônjuges compartilharem despesas com animais de estimação, refletindo a crescente valorização dos pets na sociedade. Com uma população de cerca de 168 milhões de animais de estimação no Brasil, a mudança legislativa pode impactar significativamente a forma como os animais são tratados no país. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo uma maior proteção e direitos para os animais em nossa sociedade.
Humorista Leo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão por discursos discriminatórios, enquanto Tatá Werneck destaca a importância de consultoria LGBTQI+ em seu programa "Lady Night". A condenação de Leo Lins gerou debates sobre liberdade de expressão. Tatá Werneck, ao contratar a pedagoga Ana Flor, enfatiza a responsabilidade de respeitar a comunidade LGBTQI+.
Vídeos sexualizados com imagens geradas por inteligência artificial, que exploram a síndrome de Down, geram polêmica e propostas de criminalização no Congresso. Especialistas alertam sobre desumanização e discurso de ódio.
O Ministério da Saúde lançou novos Projetos Referenciados para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), visando aprimorar as instalações e expandir os serviços de saúde mental no SUS. As melhorias incluem ambientes acolhedores e suporte contínuo para pessoas em sofrimento psíquico, com a expectativa de construir 300 novas unidades até 2025.
Ministro Alexandre de Moraes exige ações da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo contra abusos na Cracolândia, após denúncias de violência da Guarda Civil e despejo de espaço cultural.
A violência contra idosos no Distrito Federal cresceu 68% entre 2022 e 2024, com maus-tratos e abandono sendo os principais problemas. A delegada Ângela Santos ressalta a importância da denúncia e do acolhimento humanizado.
Após a pandemia, as denúncias de violência sexual contra crianças aumentaram 49% em 2023, revelando o impacto do isolamento social e a necessidade urgente de fortalecer redes de proteção e denúncia.