Estudo da Fundação IDH revela que mais de 60% das famílias na Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco vivem abaixo da linha da pobreza, evidenciando a urgência de rendimentos dignos e práticas agrícolas sustentáveis.
A Caatinga, um dos biomas mais ameaçados do Brasil, enfrenta sérios desafios devido às mudanças climáticas. Um estudo da Fundação IDH revela que mais de 60% das famílias nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco vivem abaixo da linha da pobreza. Essa situação crítica não apenas compromete a qualidade de vida dessas pessoas, mas também as torna mais vulneráveis a secas e à desertificação, fenômenos que afetam diretamente a região.
De acordo com a pesquisa, a renda das famílias nas principais cidades da Caatinga está muito aquém do necessário para cobrir despesas básicas. Grazielle Cardoso, gerente do Programa Raízes da Caatinga, destaca que a insuficiência de renda impossibilita a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e a manutenção de cadeias produtivas. O estudo, realizado em parceria com o Anker Research Institute e o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), aponta que a renda digna para uma família de quatro pessoas deve ser superior a R$ 872,00 mensais.
As macrorregiões analisadas revelam disparidades significativas. Na Mata Paraibana, por exemplo, 72% das famílias estão abaixo da linha da pobreza. A pesquisa detalha os valores necessários para garantir alimentação saudável, educação, moradia, saúde e lazer, além de uma reserva para emergências. A Fundação IDH enfatiza que garantir uma renda digna é o primeiro passo para combater a degradação das terras na Caatinga.
Após assegurar a estabilidade financeira, o programa oferece acesso ao crédito e assistência técnica, que inclui informações sobre práticas sustentáveis. Essas iniciativas visam não apenas melhorar a qualidade de vida, mas também promover a sustentabilidade no setor agrícola. As práticas regenerativas são fundamentais para garantir um futuro alimentar mais equitativo e resiliente, contribuindo para a preservação do bioma.
O Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado em 17 de junho, reforça a urgência de ações efetivas para enfrentar a degradação ambiental na Caatinga. A pesquisa da Fundação IDH destaca que a solução para os problemas enfrentados por essas comunidades passa pela valorização do trabalho rural e pela implementação de políticas que assegurem rendimentos dignos.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que visem apoiar a população rural da Caatinga são essenciais para promover mudanças significativas. A mobilização em torno dessas causas pode ajudar a garantir um futuro mais sustentável e digno para as famílias que vivem nesse bioma tão importante.
Angelina Jolie visitou a aldeia Piaraçu, no Mato Grosso, e se reuniu com o cacique Raoni para discutir a proteção da cultura indígena e do território. A atriz reforçou a importância da luta conjunta.
Líder indígena Adriano Karipuna protestou no TEDxAmazônia contra o genocídio de povos tradicionais, clamando por respeito à diversidade cultural e pela demarcação de terras indígenas. Ele destacou a crescente violência e pediu ações efetivas para proteger os povos originários.
Servidores do Ibama participaram da I Oficina do Plano de Recuperação Ambiental da Terra Indígena Yanomami, promovida pela Funai, para definir estratégias de recuperação socioambiental. A colaboração entre instituições e lideranças indígenas visa mitigar os danos causados pelo garimpo ilegal.
A Natura participará da COP-30 em Belém, destacando a bioeconomia e suas metas de descarbonização. A empresa, com forte vínculo com comunidades amazônicas, busca promover a regeneração e a justiça social. Angela Pinhati, diretora de Sustentabilidade, enfatiza que a urgência climática exige ações além da sustentabilidade, como restaurar ecossistemas e reduzir desigualdades. A Natura se compromete a usar apenas embalagens sustentáveis até 2030 e a zerar suas emissões líquidas de carbono no mesmo ano. A participação na COP-30 visa amplificar a agenda socioambiental brasileira e mostrar que é possível unir conservação e lucratividade, destacando a Amazônia como um polo de prosperidade.
O Governo Federal finalizou a primeira fase da Operação de Desintrusão na Terra Indígena Araribóia, resultando em 436 ações e a destruição de 12 mil metros de cercamentos ilegais. A operação, que envolveu 20 órgãos federais, reafirma o compromisso com os direitos dos povos Guajajara e Awá e a proteção ambiental.
Indústrias de tabaco, álcool e alimentos ultraprocessados são responsáveis por doenças crônicas e degradação ambiental, com novas medidas tributárias visando reduzir seu consumo. Especialistas pedem ampliação das ações.