O rendimento pesqueiro no Alto Rio Paraná caiu 50% em duas décadas devido à invasão de espécies exóticas e à degradação ambiental, afetando a economia local e a biodiversidade. O estudo revela que espécies nativas diminuíram em tamanho e quantidade, enquanto invasoras, como o tucunaré, se tornaram mais abundantes e prejudiciais ao setor pesqueiro.

Um estudo recente revelou que o rendimento pesqueiro no Alto Rio Paraná, que abrange os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, caiu cerca de cinquenta por cento nos últimos vinte anos. Essa redução é atribuída à invasão de espécies exóticas e à crescente ocupação humana na região, conforme publicado na revista Nature Ecology & Evolution. Os pesquisadores analisaram dados do Programa Ecológico de Longa Duração da Planície de Inundação do Alto Rio Paraná (PELD-PIAP), que monitora a biodiversidade local desde o ano 2000.
Durante o período de análise, o tamanho médio dos peixes capturados comercialmente diminuiu, refletindo a diminuição das espécies nativas, como o pintado (Pseudoplatystoma corruscans). Em contrapartida, espécies invasoras, como o tucunaré (Cichla sp.), aumentaram em tamanho e abundância. O primeiro autor do estudo, Dieison Moi, destacou que a degradação ambiental tem impactado negativamente a captura de peixes nativos, que são cada vez mais raros.
Além da perda de biodiversidade, a troca de espécies nativas por invasoras também gera prejuízos econômicos para os pescadores. Os peixes nativos, como o pintado, têm um valor de mercado cerca de oitenta por cento superior ao dos invasores. Por exemplo, enquanto o pintado pode custar aproximadamente R$ 47,00 (US$ 8,26) por quilo, o tucunaré vale cerca de R$ 9,00 (US$ 1,65) pela mesma quantidade.
O professor Gustavo Quevedo Romero, autor sênior do trabalho, ressaltou que a substituição de espécies nativas por invasoras é um fenômeno global com impactos severos na biodiversidade e na vida das comunidades que dependem da pesca. O estudo se destaca pela amostragem contínua, que evidencia a gravidade da situação na região.
A pesquisa também revelou que a intensificação da ocupação humana está diretamente ligada à diminuição das espécies nativas. Entre trinta e uma espécies nativas, trinta e seis vírgula nove por cento apresentaram uma relação direta com fenômenos como desmatamento e urbanização, resultando em uma diminuição da biomassa. Em contrapartida, vinte espécies invasoras se beneficiaram desse processo.
Os resultados do estudo indicam que é mais eficaz desenvolver estratégias de conservação e manejo dos recursos naturais do que introduzir espécies não nativas. A necessidade de recursos para estudos de longo prazo, como o PELD-PIAP, é fundamental para fornecer evidências científicas que sustentem políticas públicas eficazes. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover iniciativas que beneficiem tanto a biodiversidade quanto as comunidades locais que dependem da pesca.

Brasil se destaca na transição energética global, com 50% de sua matriz proveniente de fontes renováveis, em evento da “COP30 Amazônia”, onde especialistas discutem desafios e oportunidades para o setor.

Governo Federal implementa medidas inovadoras para enfrentar enchentes no Rio Grande do Sul, incluindo o Rito Sumário para Recursos e o Sistema Defesa Civil Alerta, visando reconstrução e prevenção de desastres.

Jorge Abache critica a falta de estratégia do Brasil em sustentabilidade, destacando seu potencial em biocombustíveis e energia renovável, enquanto a Europa resiste a essas soluções. A mudança de abordagem é urgente.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu o apoio do presidente Lula à agenda climática, apesar de sentir que enfrenta desafios sozinha em pautas ambientais. Ela destacou a importância do respaldo do presidente para a meta de desmatamento zero até 2030.
A Apib destaca a demarcação de terras indígenas como crucial para o clima. Celebridades apoiam a causa, alertando sobre ameaças e consequências ambientais.

Um novo estudo aponta que a instalação de painéis solares em áreas urbanas pode elevar a eficiência energética em até trinta por cento e reduzir a emissão de carbono nas cidades. A pesquisa destaca a importância da energia solar na luta contra as mudanças climáticas.