A captura de carbono avança no Brasil com projetos inovadores, como o da Repsol Sinopec e a usina FS, que visa ser a primeira com pegada de carbono negativa. A Islândia também se destaca com a maior unidade do mundo.

Cortar emissões de gases de efeito estufa é essencial no combate ao aquecimento global. Além disso, a captura de carbono no ar, através de tecnologias inovadoras, tem se expandido globalmente, incluindo iniciativas no Brasil. A Repsol Sinopec, subsidiária da petrolífera espanhola, lançou um projeto de captura direta do ar (DAC) no Sul do Brasil, em parceria com a PUC gaúcha. Um protótipo em operação desde novembro possui 20 reatores que capturam 300 toneladas de CO₂ anualmente, utilizando ventiladores e filtros.
A gerente de portfólio de pesquisa da Repsol Sinopec, Cassiana Nunes, destaca que esta é a primeira unidade DAC do mundo em ambiente tropical, caracterizado por alta umidade e temperatura. O CO₂ capturado pode ser injetado no subsolo ou utilizado como insumo para novos produtos. Em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, a usina FS está construindo uma unidade de captura de carbono em sua destilaria de etanol de milho, com o objetivo de se tornar a primeira do mundo com pegada de carbono negativa.
A usina FS recebeu um investimento de R$ 500 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para viabilizar essa iniciativa. Além disso, a startup DeCARB, de Belo Horizonte, busca apoio financeiro de mineradoras internacionais para desenvolver um protótipo de captura atmosférica de carbono, visando reter emissões de indústrias sem modificar suas estruturas.
A China também tem investido em tecnologias de captura de carbono, especialmente em usinas que ainda utilizam carvão mineral. O “biocarvão” produzido no país se tornou competitivo, conforme reportado pela Nature Communications. A meta da China é alcançar a neutralidade em emissões até dois mil e sessenta, incluindo compensações das emissões da agricultura sem comprometer a produtividade.
A Islândia se destaca com a maior unidade de captura de carbono do mundo, que começará a operar em 2024. A empresa suíça Climeworks anunciou que a unidade será capaz de absorver trinta e seis mil toneladas anuais de CO₂, transformando-o em água e injetando-o no subsolo, onde reage com o basalto e se torna rocha. A localização em uma região vulcânica proporciona acesso a fontes geotérmicas de energia, facilitando o processo.
Atualmente, os projetos brasileiros têm potencial para capturar apenas 8,3% das emissões. Embora haja discussões sobre a alocação de recursos para reflorestamento, a captura de carbono deve ser incentivada como uma medida complementar. Nossa união pode ajudar a estimular iniciativas que visem a redução do impacto das mudanças climáticas.

A COP 30 em Belém enfrenta desafios significativos, com Tasso Azevedo alertando sobre a contradição entre a busca por um plano de eliminação de combustíveis fósseis e o interesse do Brasil em explorar petróleo na Margem Equatorial.

O projeto Fauna Ameaçada entrega 480 câmeras para monitoramento da fauna no Rio de Janeiro, visando atualizar a lista de espécies ameaçadas e aprimorar a conservação ambiental. A iniciativa é crucial para combater a defasagem de 27 anos nos estudos sobre biodiversidade.

ICMBio suspende soltura de ararinhas-azuis após detecção de circovírus em Curaçá, Bahia. Medidas de biossegurança são implementadas para proteger a população da espécie ameaçada.

O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançará um hub para unir pesquisa, empresas e investidores em prol de uma economia de baixo carbono, com um prêmio para estudos relevantes. O evento ocorrerá em 8 de julho.

A Agência Espacial Europeia lançou um satélite inovador que utiliza radar de banda-P para medir com precisão o carbono armazenado nas florestas tropicais, incluindo a Amazônia. Essa tecnologia permitirá uma análise mais detalhada do impacto do desmatamento e do armazenamento de carbono, superando limitações anteriores.

A terceira reunião do Grupo de Trabalho de Gestão de Desastres do BRICS, realizada em Brasília, focou na resiliência climática e planejamento estratégico para 2025-2028. O encontro, com a presença de representantes de alto nível, visa fortalecer a cooperação entre os países emergentes no enfrentamento das mudanças climáticas.