Resíduos de medicamentos nos esgotos, um problema de 50 anos, ainda afetam o meio ambiente, com 80% a 90% eliminados em estações de tratamento, mas riscos persistem, alertam especialistas.

A poluição por resíduos de medicamentos nos esgotos é um problema reconhecido há cinco décadas, com estudos que evidenciam seus impactos ambientais e riscos à saúde. Recentemente, pesquisas indicam que entre 80% e 90% desses resíduos são eliminados em estações de tratamento, mas o acúmulo de poluentes e seus efeitos nocivos, mesmo em pequenas quantidades, continuam a ser preocupantes.
O especialista francês Yves Lévi, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Paris-Saclay, destaca que a poluição por medicamentos tem múltiplas origens. Além do despejo industrial, o uso cotidiano de medicamentos contribui para a contaminação. "Quando tomamos um remédio e vamos ao banheiro, ele é eliminado e acaba no esgoto", explica. A biodegradabilidade dos produtos, segundo Lévi, sempre foi uma preocupação secundária em relação à eficácia no tratamento de doenças.
Nos últimos quinze anos, diversas campanhas de análise nos sistemas de tratamento de esgoto na França revelaram que, apesar da eficiência das estações, ainda restam traços de medicamentos na água tratada. Lévi afirma que o risco do acúmulo de poluentes, conhecido como expossoma, é alarmante. Esse conceito abrange todas as exposições ambientais que podem desencadear doenças em indivíduos geneticamente predispostos.
Os efeitos dos resíduos de medicamentos variam conforme a molécula. Embora doses maiores geralmente causem impactos mais significativos, pequenas quantidades também podem ser prejudiciais. Substâncias como disruptores endócrinos podem gerar danos a longo prazo, mesmo em concentrações baixas. Lévi alerta que antibióticos, por exemplo, podem afetar micro-organismos, aumentando a resistência bacteriana nas plantações.
O especialista enfatiza a necessidade de monitoramento contínuo dos riscos associados ao descarte de resíduos de medicamentos. Ele critica a visão de que as concentrações são irrelevantes, lembrando que os efeitos podem ser observados na fauna e flora. "Precisamos de uma análise de risco adequada, dependendo do tipo de molécula", defende Lévi, ressaltando a importância de um debate equilibrado sobre o tema.
Em um cenário onde os impactos da poluição por medicamentos são cada vez mais evidentes, iniciativas que promovam a conscientização e a pesquisa sobre o tema são fundamentais. A união da sociedade civil pode ser um motor para mudanças significativas, ajudando a mitigar os efeitos nocivos dessa poluição e a promover um ambiente mais saudável para todos.

A criação da Autoridade Climática, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta impasses sobre sua estrutura e não deve ser implementada até a COP30. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destaca a complexidade da proposta e a necessidade de um novo marco regulatório para antecipar tragédias climáticas.

Após quase 40 anos em cativeiro, Jorge, uma tartaruga Caretta caretta, foi libertado e já percorreu mais de 2.000 km até a costa do Brasil, em uma jornada de retorno ao seu habitat natural. A mobilização popular e a Justiça argentina foram fundamentais para sua reabilitação e reintegração ao mar.

A Hunter Douglas lançou o Toldo Green, um toldo purificador de ar que reduz poluentes em até 55%, desenvolvido em parceria com a Nasa e ativado pela luz solar. Essa inovação destaca-se no mercado têxtil.

Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante nas queimadas, com 30 milhões de hectares devastados, 62% acima da média histórica, destacando a Amazônia como o bioma mais afetado. O relatório do MapBiomas Fogo revela que a Amazônia e o Pantanal sofreram as maiores destruições, com a Amazônia respondendo por 52% da área queimada. A situação exige ações urgentes para mitigar os impactos das queimadas e proteger a biodiversidade.
Prevfogo, criado em 1989, completa 36 anos em 2025, expandindo brigadas de combate a incêndios florestais e atendendo 82 Unidades de Conservação desde 2008.

Uma baleia-jubarte foi resgatada pelo Instituto Argonauta em Ilhabela, mas a liberação total não foi possível. A equipe continua monitorando a situação e alerta para os riscos do emalhe.