Sam Porto, primeiro homem trans a desfilar no São Paulo Fashion Week, reflete sobre como a moda ajudou em sua afirmação de gênero e na superação da transfobia desde a infância. Ele destaca a importância do rap e hip-hop em sua identidade.

Em 2019, Sam Porto fez história ao se tornar o primeiro homem trans a desfilar no São Paulo Fashion Week, destacando-se com a frase "Respeito trans" em sua apresentação. Desde então, ele se tornou uma figura proeminente na indústria da moda, participando de diversas campanhas e desfiles. Sam utiliza sua visibilidade para abordar a falta de representatividade de pessoas trans no mercado, que enfrenta retrocessos em termos de diversidade.
Sam, que hoje tem 31 anos, reflete sobre como a moda influenciou sua afirmação de gênero desde a infância. Ele revela que, apesar de inicialmente não se sentir parte desse universo, usou seu estilo pessoal para se comunicar com sua família e amigos. Através de suas escolhas de roupas, ele conseguiu expressar sua identidade e superar a transfobia que enfrentou ao longo da vida.
Desde pequeno, Sam se dedicou ao futebol, mas teve que abandonar essa paixão devido à transfobia no esporte. Ele optou por roupas largas e confortáveis, como bermudas e tênis, que facilitavam sua participação nas atividades esportivas. Essa escolha de vestuário ajudou sua família a entender melhor sua identidade de gênero, tornando-se um mecanismo de aceitação e respeito.
Um dos momentos marcantes de sua infância foi quando recebeu uma chuteira Mercurial da Nike, que simbolizava apoio e compreensão por parte de seus pais. Sam destaca que a moda, que antes considerava ausente em sua vida, foi fundamental para sua afirmação de gênero e para lidar com o bullying que sofria por sua aparência masculina.
Além da moda, o rap e o hip-hop também desempenharam um papel importante na construção de sua identidade. Sam se inspirou em artistas como Mano Brown e 50 Cent, adaptando seu estilo às referências que admirava. Ele usava roupas que o faziam sentir confortável e que refletiam sua verdadeira essência, mostrando que a moda sempre esteve presente em sua vida, mesmo que de forma sutil.
Hoje, Sam Porto é um modelo que representa a diversidade transmasculina na moda, um espaço que antes parecia inatingível. Sua trajetória inspira outros a se aceitarem e a lutarem por seus direitos. A união da sociedade pode ser um fator crucial para apoiar iniciativas que promovem a inclusão e a diversidade, ajudando a criar um ambiente mais acolhedor para todos.

Vereadores em várias capitais brasileiras têm aprovado leis que restringem o acesso ao aborto legal, refletindo um movimento conservador. Em João Pessoa, uma nova lei obriga mulheres a ouvir batimentos cardíacos do feto e fornece informações enganosas sobre o aborto. O Instituto AzMina revelou que a maioria dos projetos apresentados visa dificultar o acesso ao procedimento, aumentando o risco para mulheres e meninas, especialmente em casos de violência sexual. A socióloga Clara Wardi alerta que essas iniciativas podem institucionalizar práticas que violam direitos reprodutivos, contribuindo para um aumento de gestações indesejadas entre meninas.

Leticia Lyle defende uma abordagem coletiva e sistêmica para combater o bullying nas escolas brasileiras, destacando a importância da transformação cultural e da inclusão. O bullying, muitas vezes minimizado como brincadeira, é uma violência premeditada que requer atenção e ação conjunta de toda a comunidade escolar.

O influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, viralizou ao denunciar a adultização de crianças nas redes sociais, gerando quase 29 milhões de visualizações e impulsionando ações legislativas para proteção online.

Menina de 12 anos grávida de oito meses faleceu durante parto em Belo Horizonte, revelando a grave realidade da gravidez na adolescência e a falta de suporte no Brasil. A cada hora, 44 adolescentes dão à luz, sendo cinco com menos de 15 anos. A maioria das gestações resulta de violência sexual, mas apenas 4% conseguem acesso ao aborto legal. A gravidez precoce impacta a saúde e a educação, com 60% das mães adolescentes fora da escola ou do mercado de trabalho.

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou o Dia da Cegonha Reborn, homenageando artesãs que criam bonecos hiper-realistas como terapia. A data será celebrada em quatro de setembro.
O Ministério da Saúde e a Fiocruz lançaram o “Projeto Territórios Saudáveis e Sustentáveis”, com R$ 24 milhões para formar lideranças comunitárias em 27 estados, começando pelo Norte e Nordeste. O projeto visa integrar saberes locais e fortalecer a participação no Sistema Único de Saúde (SUS).