A prorrogação da nova NR-1 para 2026 resultou em um congelamento de iniciativas de saúde mental no trabalho, apesar do aumento de afastamentos por transtornos mentais. A urgência deve ser pela saúde, não por multas.
A prorrogação da nova Norma Regulamentadora 1 (NR-1) para 2026 gerou um impacto negativo nas iniciativas de saúde mental no ambiente de trabalho. Muitas empresas, diante da incerteza sobre possíveis sanções, optaram por congelar ações que visavam melhorar o bem-estar dos colaboradores. Este adiamento ocorre em um cenário alarmante, onde o Ministério da Previdência Social registrou o maior número de afastamentos por transtornos mentais da última década, totalizando 472 mil licenças médicas por condições como ansiedade e depressão.
O que deveria ser um momento de evolução nas estratégias de saúde mental se transformou em uma pausa preocupante. A urgência em implementar mudanças parece estar atrelada ao risco de multas, em vez de uma real preocupação com o sofrimento humano. Mesmo onde há esforços, as ações frequentemente se mostram paliativas e ineficazes na prevenção de adoecimentos, destacando a necessidade de uma abordagem mais estruturada.
O conceito de bem-estar corporativo está em alta, mas é crucial reavaliar o que realmente significa. Benefícios como incentivo à prática de exercícios físicos e programas de meditação são válidos, mas não devem ser a solução final. Quando essas iniciativas são oferecidas sem uma revisão da estrutura de trabalho, a responsabilidade pelo bem-estar acaba recaindo sobre o trabalhador, como se ele precisasse apenas “aguentar mais”.
É essencial questionar as regras e processos que moldam o ambiente de trabalho. A NR-1 deve ser vista como uma oportunidade de criar um novo modelo de bem-estar corporativo, que vá além de soluções superficiais. A história das Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) ilustra como a adaptação do trabalho às capacidades humanas é fundamental para a saúde dos colaboradores.
Atualmente, a saúde mental enfrenta um desafio semelhante. O sofrimento psíquico foi, por muito tempo, desconsiderado, sendo tratado como falta de resiliência. O reconhecimento da Síndrome de Burnout como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde foi um marco importante. Contudo, as respostas organizacionais ainda se concentram em soluções individuais, como meditação e workshops, sem abordar as causas estruturais do sofrimento.
Para avançar, é necessário integrar a Ergonomia Mental, que analisa o que no trabalho gera saúde e o que provoca sofrimento. Essa abordagem propõe intervenções em processos e políticas de gestão, visando criar ambientes de trabalho mais saudáveis. Investir nessa transformação não é um custo, mas uma oportunidade de melhorar a produtividade e o bem-estar. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover mudanças significativas e apoiar aqueles que enfrentam desafios relacionados à saúde mental.
Gustavo Marques Gonçalves, estudante da USP, foi premiado no Concurso de Moda Inclusiva 2024/2025 com alfaiataria adaptada, destacando a importância da moda para a inclusão social. O evento, realizado na Pinacoteca de São Paulo, reuniu criadores de todo o país e premiou inovações que atendem às necessidades de pessoas com deficiência.
Após denúncias de Felipe Bressanim Pereira, o Felca, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se comprometeu a discutir projetos de proteção infantil nas redes sociais. O vídeo de Felca, que abordou a adultização de crianças, gerou grande repercussão e levou à remoção da conta do influenciador Hytalo Santos no Instagram. A proposta de segurança para crianças na internet, já aprovada no Senado, está em tramitação na Câmara.
Professor do Centro Educacional do Guará agrediu aluno após deboche em sala, gerando afastamento de sessenta dias e um Processo Administrativo Disciplinar. A Secretaria de Educação busca implementar ações preventivas, mas relatórios sobre bullying ainda não foram produzidos.
Quarenta municípios receberão até R$ 500 mil cada para projetos culturais e esportivos voltados a crianças e adolescentes, totalizando R$ 18,8 milhões. As iniciativas, apoiadas pelo Itaú Social, começam em 2025.
Rodrigo Oliveira, chef do Mocotó, une forças com a Sodexo para levar pratos nordestinos a 63 restaurantes escolares, democratizando a alta gastronomia para 1,5 milhão de pessoas. A parceria visa transformar a experiência alimentar em ambientes educacionais, mantendo a essência da culinária brasileira.
O espetáculo "Dá Trabalho!" estreia em 2 de julho no Teatro Itália, abordando com humor e crítica social os impactos do trabalho na saúde mental. Criado por Cris Wersom, Juliana Rosenthal e Paulo Azevedo, a peça reflete sobre burnout e a dinâmica corporativa, propondo uma discussão urgente sobre saúde mental no Brasil, que enfrenta alta incidência de casos.