Cientistas e indígenas se reuniram em seminário sobre a jurema-preta, mas tensões surgiram devido a acusações de apropriação cultural. Dráulio de Araújo decidiu priorizar estudos com DMT sintetizado.
O 1º Seminário de Medicinas Ancestrais: Jurema, realizado na aldeia Tapera, em Orocó, Pernambuco, entre 21 e 24 de maio, buscou promover um diálogo entre cientistas e comunidades indígenas sobre a jurema-preta, uma planta sagrada para os povos indígenas. No entanto, o evento gerou tensões significativas, com indígenas acusando os cientistas de apropriação cultural e desrespeito. O neurocientista Dráulio de Araújo, após ouvir as preocupações, comprometeu-se a priorizar estudos com DMT sintetizado, em vez da planta.
Durante o seminário, cerca de 400 pessoas testemunharam um intenso debate sobre a jurema-preta (Mimosa tenuiflora), que contém o psicodélico DMT. Os indígenas enfatizaram a sacralidade da planta e expressaram preocupações sobre a exploração comercial e a apropriação indevida de seus conhecimentos. O manifesto final do evento reafirmou a necessidade de proteger a jurema e suas tradições, destacando que a planta deve ser preservada de relações utilitárias.
O evento foi organizado por Alexandre Franca Barreto, professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que buscou unir representantes de povos indígenas, terreiros e instituições de pesquisa. No entanto, a expectativa inicial de um congraçamento foi substituída por um clima de desconfiança e resistência. Os indígenas, representando diversas etnias do Nordeste, levantaram questões sobre o contrabando de jurema e a exploração de suas propriedades curativas por empresas estrangeiras.
Os participantes do seminário também discutiram a necessidade de proteger a jurema das ameaças do agronegócio e da exploração comercial. A madeira da jurema-preta é utilizada na fabricação de carvão e outros produtos, o que representa um risco à sua sobrevivência. Além disso, a crescente popularidade do DMT e suas aplicações terapêuticas levantam preocupações sobre o turismo xamânico e a possível invasão de mochileiros nas aldeias.
Dráulio de Araújo apresentou suas pesquisas sobre o potencial antidepressivo da DMT, ressaltando que seu objetivo não é lucrar com a planta, mas sim ampliar o acesso a tratamentos eficazes. No entanto, a resposta de líderes indígenas foi de desconfiança, questionando a ingerência nos segredos da jurema e a ética por trás das pesquisas. A tensão entre as visões científicas e espirituais sobre a jurema foi um dos principais pontos de conflito durante o seminário.
Apesar das divergências, o seminário também abriu espaço para um diálogo construtivo. A proposta de um novo encontro no próximo ano foi bem recebida, indicando uma disposição para continuar a conversa. A união entre cientistas e comunidades indígenas pode ser fundamental para garantir a preservação da jurema e o respeito às suas tradições. Nessa situação, nossa união pode ajudar a proteger e valorizar as práticas ancestrais e o conhecimento tradicional, promovendo um futuro mais respeitoso e sustentável.
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