Pesquisadores da UFCSPA, em colaboração com a USP e a UnB, analisam as intervenções em saúde mental após as enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul, revelando a falta de preparo das equipes e a necessidade de cuidados contínuos.
Mais de um ano após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, as consequências psicossociais ainda afetam a população. Inicialmente, o foco das intervenções foi a assistência clínica, mas a necessidade de apoio psicológico tornou-se evidente. A sobrecarga do sistema de assistência social resultou em equipes sem o treinamento adequado para lidar com desastres. Pesquisadores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Brasília (UnB), investigaram essas intervenções.
Joana Correia, vice-coordenadora do curso de Psicologia da UFCSPA, destacou que a enchente afetou profundamente o senso de pertencimento da população. A equipe da UFCSPA se dedicou ao trabalho assistencial, e a ideia de documentar as experiências surgiu para evitar o esquecimento da tragédia e melhorar as políticas de apoio. Um instrumento de coleta de dados foi desenvolvido para que os profissionais compartilhassem suas vivências, abordando aspectos como desafios enfrentados e resultados das intervenções.
As enchentes, consideradas a maior catástrofe ambiental do estado, resultaram em 180 mortes e danos a mais de 2,4 milhões de pessoas. Em Porto Alegre, 42% das unidades de saúde interromperam suas atividades devido a danos na infraestrutura. Profissionais e voluntários se mobilizaram para ajudar as vítimas, mas a saúde mental frequentemente não recebeu a devida atenção, o que pode comprometer a recuperação a longo prazo.
Joana Correia enfatizou que intervenções psicológicas em crises devem ser bem estruturadas para evitar a patologização das reações normais a eventos traumáticos. Os pesquisadores identificaram três complicações psicológicas comuns: a reação aguda ao estresse, o transtorno de ajustamento e o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Esses transtornos manifestam-se de diferentes formas, como ansiedade, depressão e flashbacks.
As vítimas apresentaram diversas demandas, incluindo casos de abstinência de substâncias e relatos de violência doméstica. A fragilidade do contexto social exacerbava essas situações. Além disso, profissionais de saúde mental também enfrentaram dificuldades emocionais, sentindo-se despreparados para lidar com a magnitude do desastre. A fragmentação entre as intervenções públicas e privadas dificultou o gerenciamento da situação, evidenciando a precariedade do sistema de saúde mental.
Os pesquisadores ressaltam a importância de fortalecer treinamentos para apoio psicológico em situações de emergência e a necessidade de cuidados contínuos para a recuperação das vítimas. O luto, frequentemente negligenciado, deve ser parte do processo de recuperação. A equipe da UFCSPA continuou seu trabalho em abrigos até setembro, oferecendo suporte e orientações sobre direitos e acesso a serviços de saúde mental. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a se reerguerem e reconstruírem suas vidas.
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