Shaikha Al Nowais foi eleita a primeira mulher a liderar a ONU Turismo em cinquenta anos, com foco em sustentabilidade e inclusão, especialmente no Brasil, visando regenerar ecossistemas e fortalecer comunidades.

Shaikha Al Nowais foi eleita a primeira mulher a liderar a Organização Mundial do Turismo (OMT) em cinquenta anos, sucedendo Zurab Pololikashvili. A executiva dos Emirados Árabes Unidos, com vasta experiência em turismo sustentável, assumirá o cargo de Secretária-Geral de janeiro de 2026 a 2029. Em sua primeira entrevista após a eleição, Al Nowais destacou a necessidade de um turismo que não apenas consuma, mas também devolva aos ecossistemas.
Al Nowais pretende implementar modelos que protejam o meio ambiente e ampliem oportunidades, com foco em sustentabilidade, inclusão e adaptação às crises climáticas. O Brasil será um dos principais focos de suas ações, especialmente com a realização da COP30 em Belém do Pará. Ela enfatizou a importância de explorar a biodiversidade do país e como isso pode atrair turistas, reforçando a imagem do Brasil como um líder em sustentabilidade.
Com um histórico de duas décadas no setor privado, Al Nowais é atualmente vice-presidente corporativa de relações com proprietários da Rotana, uma das principais redes hoteleiras do Oriente Médio e África. Ela também preside o Grupo de Trabalho de Turismo da Câmara de Comércio de Abu Dhabi e atua em conselhos de mulheres empresárias, trazendo uma perspectiva inovadora e pragmática para a OMT.
O turismo sustentável, segundo Al Nowais, é essencial para alinhar a conservação da natureza com o desenvolvimento econômico e social das regiões. Em 2024, o setor no Brasil movimentou R$ 207 bilhões, e a demanda por práticas sustentáveis entre os turistas tem crescido. Um estudo da Booking revelou que 83% dos turistas desejam que seus gastos beneficiem as comunidades locais.
Para expandir suas iniciativas no Brasil, a OMT inaugurou um escritório no Rio de Janeiro, que apoiará ações nas Américas. Al Nowais planeja criar incentivos fiscais para desenvolvedores que adotem práticas sustentáveis, além de democratizar o acesso à tecnologia no setor. Ela acredita que a experiência da pandemia de Covid-19 evidenciou a necessidade de um turismo mais resiliente e adaptável.
Al Nowais pretende trabalhar em três pilares: sustentabilidade regenerativa, infraestrutura digital inclusiva e reforma da governança da OMT. Sua abordagem inclui a defesa dos direitos de comunidades indígenas e lideranças locais. Em um momento em que o turismo enfrenta desafios significativos, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a inclusão no setor.

Uma onça-pintada foi flagrada por câmeras de segurança em Ladário, Mato Grosso do Sul, em busca de cães, evidenciando a aproximação dos felinos a áreas urbanas devido a secas e incêndios. A ONG Ecoa alerta para os impactos ambientais que forçam esses animais a invadir residências.

Foi anunciado o Fórum de Líderes Locais da COP30, que ocorrerá no Rio de Janeiro de 3 a 5 de novembro, reunindo prefeitos e governadores para discutir políticas climáticas locais e suas contribuições para metas globais. O evento, promovido pela Presidência da COP30 e pela ONG Bloomberg Philanthropies, visa destacar soluções climáticas locais e a importância do envolvimento de todos os níveis de governança.

O Índice de Vulnerabilidade a Chuvas Extremas (IVCE), criado pela UFF, utiliza inteligência artificial para prever chuvas intensas e identificar áreas de risco no Rio de Janeiro, afetando 599 mil domicílios. A ferramenta visa auxiliar a administração pública na proteção de cidadãos e no planejamento de intervenções, destacando desigualdades regionais nos impactos das chuvas.

Colapso de lixão em Goiás contamina Córrego Santa Bárbara, resultando em fechamento da empresa responsável e proibição do uso da água. Doze aterros em Goiânia estão em situação irreversível, evidenciando descaso ambiental.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em dez cidades da Paraíba devido à estiagem, permitindo acesso a recursos federais para assistência. As prefeituras podem agora solicitar apoio para fornecer alimentos e água à população afetada.

Refúgios de montanha nos Alpes franceses enfrentam grave escassez de água devido ao derretimento antecipado da neve. Especialistas alertam para o impacto das mudanças climáticas nas geleiras e no abastecimento hídrico.