Impacto Social

Sueli Carneiro é homenageada com o Prêmio Faz Diferença 2024 por sua luta pelos direitos das mulheres e da população negra

Sueli Carneiro, escritora e ativista, foi homenageada com o Prêmio Faz Diferença 2024 na categoria Diversidade, destacando sua luta por direitos historicamente negligenciados. O reconhecimento simboliza avanços na inclusão social no Brasil.

Atualizado em
July 8, 2025
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A filósofa Sueli Carneiro, vencedora do Prêmio Faz Diferença 2024 na categoria Diversidade — Foto: Alexandre Cassiano

Pela sua destacada atuação como uma das principais vozes no ativismo pelos direitos das mulheres e da população negra no Brasil, a escritora e filósofa Sueli Carneiro foi agraciada com o Prêmio Faz Diferença 2024 na categoria Diversidade. A cerimônia ocorreu no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e, embora Sueli não tenha podido comparecer, expressou sua gratidão por meio de um vídeo exibido durante o evento.

Em sua mensagem, Sueli ressaltou que receber um prêmio é sempre especial, mas que o reconhecimento de causas historicamente negligenciadas confere um significado ainda mais profundo ao gesto. Ela mencionou fazer parte de uma geração de militantes negros que frequentemente enfrentam desrespeito e deslegitimação em suas lutas.

Fundadora do Geledés, Instituto da Mulher Negra, e integrante do movimento “Lobby do Batom”, que lutou pela inclusão da igualdade de gênero na Constituição de mil novecentos e oitenta e oito, Sueli é amplamente reconhecida por sua contribuição ao ativismo social. No vídeo, ela também criticou a mídia, afirmando que esta tem sido um instrumento de exclusão e silenciamento de grupos racialmente discriminados.

Sueli destacou que a conquista do prêmio, coincidentemente no centenário do jornal, carrega um simbolismo que não deve ser ignorado. Ela expressou esperança de que esse reconhecimento represente um passo em direção a mudanças urgentes e necessárias para a inclusão e reconhecimento da cidadania no Brasil.

O Geledés foi criado para denunciar as desigualdades enfrentadas por mulheres negras no país e se posiciona criticamente em relação a movimentos feministas que não reconhecem essas disparidades. Sueli também teve um papel importante no Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres e, em mil novecentos e oitenta e oito, coordenou o Programa Mulher Negra, considerado o embrião do Ministério da Mulher.

Além de suas conquistas acadêmicas e sociais, como o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília (UNB), Sueli fundou a Casa Sueli Carneiro, que abriga um acervo significativo do movimento negro brasileiro. Em um momento em que a luta por equidade é mais necessária do que nunca, iniciativas que promovem a inclusão e a valorização da diversidade devem ser apoiadas pela sociedade civil.

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