Cerca de 16 tartarugas-verdes foram encontradas mortas na Praia de Camboinhas, em Niterói, levantando suspeitas de interação com redes de pesca. O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) registrou um número alarmante de mortes simultâneas, algo inédito em sua atuação.
Cerca de dezesseis tartarugas-verdes foram encontradas mortas no último final de semana na Praia de Camboinhas, em Niterói. A equipe da empresa Econservation, que integra o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) ligado à Petrobras, registrou dez mortes no sábado (5) e seis no domingo (6). A coordenadora do PMP no Rio, Suellem Santiago, afirmou que nunca havia visto tantas mortes simultâneas em sua experiência de seis anos na região.
Devido ao estado avançado de decomposição dos animais, a causa das mortes não pôde ser determinada com precisão. Contudo, a principal suspeita é de interação com redes de pesca. Suellem destacou que a pesca irregular é um dos fatores que mais afetam a vida marinha. "Não me lembro de registros como esse antes na região", afirmou a coordenadora, ressaltando que é comum encontrar uma ou outra tartaruga morta, mas não em tal quantidade.
O PMP, que atua na Bacia de Santos há dez anos, tem como objetivo monitorar a vida marinha e registrar informações relevantes sobre o ecossistema. A Econservation, que faz parte desse projeto, não possui poder de fiscalização, apenas coleta dados que são registrados em um sistema público. A responsabilidade pela fiscalização na área é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a fiscalização da pesca na Reserva Extrativista Marinha (Resex) de Itaipu é de competência do ICMBio. Até o fechamento desta reportagem, o ICMBio não havia retornado o contato da equipe do GLOBO-Niterói para comentar sobre o caso.
As mortes em massa de tartarugas-verdes levantam preocupações sobre a saúde do ecossistema marinho local e a necessidade de ações efetivas para proteger a fauna da região. A interação com redes de pesca é um problema recorrente que pode ser combatido com medidas mais rigorosas de fiscalização e conscientização.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença na proteção da vida marinha. Projetos que visem a preservação e recuperação do ambiente marinho devem ser estimulados, e a mobilização da comunidade pode ser crucial para garantir um futuro mais seguro para as tartarugas e outras espécies ameaçadas.
Uma tartaruga-de-couro foi vista desovando na Praia de Jacaraípe, na Serra, em um período atípico. O Ipram coletou material genético e isolou a área para proteger o animal. A fêmea, que mede cerca de 1,5 metro, é a terceira a ser registrada na praia, mas a primeira a desovar. O biólogo Alexsandro Santos destaca que a desova fora da época habitual não indica problemas de saúde.
O Brasil implementará sua primeira barreira SABO em Nova Friburgo, com investimento superior a R$ 20 milhões, visando conter deslizamentos e estudar movimentos de massa. A obra é fruto de cooperação entre Brasil e Japão.
A Bloomberg Philanthropies anunciou um investimento de US$ 6,8 milhões para a proteção dos ecossistemas marinhos no Brasil, destacando sua importância na meta global de 30% de oceanos protegidos até 2030. O apoio financeiro visa fortalecer a conservação marinha e será operacionalizado em parceria com diversas organizações ambientais, promovendo ações como restauração de manguezais e pesca sustentável. O anúncio ocorre um dia antes da Conferência da ONU sobre os Oceanos (UNOC3) em Nice, onde se espera a aprovação da "Declaração de Nice" e a ratificação de um tratado global para a proteção de habitats marinhos em águas internacionais.
Uma tragédia ocorreu no Lago Sul, em Brasília, onde doze capivaras foram atropeladas por um veículo, possivelmente um Volkswagen branco. Dois filhotes foram resgatados e a polícia investiga o caso.
Em 2025, o Ártico registrou o menor pico de gelo marinho em 47 anos, com 14,33 milhões de km², refletindo os impactos das mudanças climáticas. A Antártida também teve a segunda menor cobertura de gelo, evidenciando a crise ambiental.
A Justiça de Goiás absolveu os sócios do Eco Resort Quinta de Santa Bárbara e extinguiu a punibilidade da empresa por crime ambiental, alegando falta de provas e prescrição da pena. Em 2017, o MPGO denunciou irregularidades na construção em área de preservação e uso de herbicidas, que causaram danos à flora local. A decisão da juíza Mariana Amaral de Almeida Araújo foi proferida em 28 de maio de 2025.