A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que os próximos cinco anos podem superar 2024 como o mais quente da história, com 80% de chance de ultrapassar 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. O relatório destaca a urgência de ações climáticas, especialmente com a COP30 se aproximando.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou uma atualização sobre as previsões climáticas, indicando que as temperaturas globais devem continuar em níveis recordes até 2029. Há uma probabilidade de 80% de que um dos próximos cinco anos supere 2024 como o mais quente da história. O relatório, publicado em 28 de maio de 2025, visa informar líderes e formuladores de políticas sobre a situação climática atual.
O Secretário-Geral Adjunto da OMM, Ko Barrett, destacou que os últimos dez anos foram os mais quentes já registrados e que não há sinais de trégua nos próximos anos. Isso pode resultar em impactos negativos crescentes nas economias, na vida cotidiana e nos ecossistemas. A OMM também apontou uma chance de 86% de que a temperatura média global ultrapasse 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais entre 2025 e 2029.
O relatório revela que a previsão de aquecimento médio para o período de 2025 a 2029 é de 70%, um aumento significativo em comparação com os 47% do ano anterior. O limite de 1,5°C é considerado crucial para evitar consequências severas da crise climática, como ondas de calor intensas e elevação do nível do mar. Cada fração de grau adicional de aquecimento intensifica esses eventos extremos.
As previsões indicam que 2025 será um ano mais quente do que todos os anos entre 1991 e 2020, exceto em algumas regiões do Pacífico Sul e do Oceano Antártico. O aquecimento do Ártico deve ser de 2,4°C acima da média do período de referência de 30 anos. Além disso, novas reduções no gelo marinho são esperadas em várias áreas, enquanto padrões de chuva devem mudar em regiões como o Sahel e a Amazônia.
O Acordo de Paris, assinado em 2015, é fundamental para limitar o aumento da temperatura média global. Os países signatários se comprometeram a manter o aumento abaixo de 2°C e a buscar esforços para limitar a 1,5°C. A Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém (PA), discutirá planos de ação climática atualizados, essenciais para alcançar as metas do acordo.
Frente a esse cenário alarmante, a mobilização da sociedade civil é crucial. Projetos que visam mitigar os efeitos das mudanças climáticas e apoiar comunidades vulneráveis devem ser incentivados. A união em torno de iniciativas que promovam a sustentabilidade e a resiliência pode fazer a diferença em um momento tão crítico para o nosso planeta.

O BNDES lançou um edital de R$ 10 bilhões para projetos de energias renováveis no Nordeste, com propostas aceitas até 15 de setembro. A iniciativa visa impulsionar a transição energética e a descarbonização no Brasil.

A negação dos riscos das mudanças climáticas entre brasileiros aumentou de 5% para 9% entre junho de 2024 e abril de 2025, segundo pesquisa do Datafolha. Apesar disso, 53% ainda percebem riscos imediatos, refletindo uma preocupação crescente com a crise climática.

Cientistas da Universidade de Brasília (UnB), sob a liderança de Renato Borges, desenvolvem o Projeto Perception, que visa escanear a Amazônia e o Cerrado para monitoramento climático. A iniciativa, com lançamento previsto para 2024, promete fornecer dados em tempo real sobre variações climáticas e degradação do solo, contribuindo para políticas de preservação e manejo sustentável. O projeto, que se baseia em experiências da missão AlfaCrux, conta com parcerias e financiamento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

Angelina Jolie se encontrou com Raquel Machado, presidente do Instituto Libio, no Brasil, destacando a reabilitação de animais e a educação ambiental. A visita gerou visibilidade para a causa.

Relatório aponta vulnerabilidade climática em regiões mineradoras do Brasil. Observatório da Mineração destaca riscos sociais e ambientais na extração de lítio, cobre e cobalto.

A Prefeitura de São Paulo lançará um edital para abastecer ônibus com biometano, visando acelerar a descarbonização da frota, enquanto enfrenta desafios com a infraestrutura de carregamento de ônibus elétricos. A medida busca solucionar a paralisia de 40 ônibus elétricos por falta de energia e inclui a instalação de "superbaterias" da Huawei em garagens. A meta é ter 2.200 veículos não poluentes até 2028.