A morte de Juliana Marins, jovem brasileira, expõe os desafios enfrentados por mulheres negras em viagens, como racismo e machismo. Iniciativas como o Bitonga Travel buscam mudar essa realidade.
A morte de Juliana Marins, uma jovem brasileira de 26 anos, em uma trilha na Indonésia, expôs as dificuldades enfrentadas por mulheres que viajam, especialmente as negras. Rebecca Aletheia, empreendedora e autora, compartilha sua experiência, afirmando que já foi deixada para trás em viagens por pessoas brancas. Denise dos Santos Rodrigues, doutoranda em sociologia na Universidade de São Paulo, destaca que Juliana desafiou as normas sociais, sendo uma mulher negra que buscou realizar seus sonhos.
Aletheia observa que a sociedade ainda impõe a ideia de que o lugar da mulher negra é o trabalho. Além do machismo, as mulheres negras que viajam enfrentam o racismo. Rodrigues, que pesquisa a cultura negra no turismo em São Paulo, afirma que a percepção racial é imediata em qualquer destino, o que altera a experiência de viagem. Ela relata um episódio na Turquia, onde foi abordada por adolescentes que queriam tirar uma foto com ela, o que só entendeu como racismo anos depois.
A jornalista Amanda Costa, em Buenos Aires, também vivenciou uma situação de racismo. Ao ser impedida de tirar fotos em um ponto turístico, percebeu que era a única pessoa negra no local. Essas experiências revelam que, frequentemente, as mulheres negras não são reconhecidas como turistas e são vistas como prestadoras de serviço. Rodrigues enfatiza que o turismo ainda é elitista e que as mulheres negras são minoria entre os viajantes.
Rodrigues explica que as mulheres negras, muitas vezes, têm os menores salários e priorizam o sustento familiar, o que torna o turismo um sonho distante. Para mudar essa realidade, Aletheia fundou o coletivo Bitonga Travel, que promove viagens para mulheres negras, focando em destinos pouco explorados, como países africanos. A agência busca resgatar narrativas da população negra, que frequentemente são ignoradas na história do turismo.
A pesquisa de Thainá Souza Santos, da Universidade de São Paulo, revela que pessoas brancas representam 54,37% das viagens nacionais a lazer, enquanto negros correspondem a 44%. Rodrigues destaca a necessidade de mais dados sobre a relação entre raça e turismo, pois esses fatores são cruciais para o planejamento do setor. A falta de representatividade e a exclusão social ainda são desafios significativos para as mulheres negras que desejam viajar.
Iniciativas como a de Aletheia são essenciais para promover a inclusão e a diversidade no turismo. A união da sociedade civil pode ser um passo importante para apoiar projetos que visem a valorização das experiências de mulheres negras em viagens. Essa mobilização pode ajudar a transformar o cenário atual, garantindo que todas as mulheres tenham acesso ao turismo como um direito e uma oportunidade de crescimento pessoal.
A Justiça do Ceará determinou que a ótica "Fábrica de Óculos Quixadá" não pode realizar exames de vista nem confeccionar óculos sem receita médica, sob pena de multa diária de R$ 1.000. O CBO celebrou essa vitória na luta contra práticas irregulares que comprometem a saúde ocular da população.
Roberta Fernandes e Carina Ceroy lançam o FUTJur, uma edtech de direito desportivo, focada em cursos práticos e na liderança feminina, visando preparar profissionais para o mercado. A iniciativa surge da amizade e experiência delas no Fluminense, buscando suprir a demanda por profissionais qualificados na área.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, propõe eliminar aulas obrigatórias em autoescolas para a obtenção da CNH, visando democratizar e reduzir custos do processo, beneficiando a população de baixa renda. Essa mudança pode impulsionar a formalização de trabalhadores e o setor de transportes.
O Brasil voltou a ser um dos 20 países com mais crianças não vacinadas, com 229 mil sem imunização em 2024, segundo dados da OMS e UNICEF. A cobertura vacinal não atingiu 90% para nenhuma das 17 vacinas monitoradas.
O Sabin Diagnóstico e Saúde lançou um teste inovador para detectar alterações no gene DPYD, essencial para a eficácia da quimioterapia, tornando o processo mais rápido e acessível. Essa ferramenta promete otimizar tratamentos e minimizar riscos de toxicidade em pacientes, conforme destacam os pesquisadores Andressa Folha Vieira e Fabián Hurtado.
Hugo Farias completou 366 maratonas consecutivas, estabelecendo um recorde mundial e gerando um estudo sobre a adaptação do coração ao esforço físico intenso, publicado na revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia.