A transformação na produção e consumo de alimentos é impulsionada pela crise climática e inovações tecnológicas. Empresas estão adotando inteligência artificial e blockchain para aumentar a eficiência e sustentabilidade.
A produção e o consumo de alimentos estão passando por uma transformação significativa, impulsionada pela crescente preocupação dos consumidores com a origem e o impacto ambiental dos produtos. A crise climática tem levado empresas a adotar tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, blockchain e robótica, para redesenhar o sistema alimentar. Essas ferramentas visam aumentar a eficiência, promover a sustentabilidade e reduzir o desperdício, que, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), é responsável por uma quantidade significativa de emissões de gases de efeito estufa.
Recentemente, diversas inovações têm sido implementadas no setor agrícola. A Agromakers, por exemplo, desenvolveu um sistema autônomo de irrigação que utiliza Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e visão computacional para monitorar as necessidades de água e nutrientes das plantas em tempo real. Essa tecnologia promete não apenas reduzir custos, mas também melhorar a qualidade dos alimentos e conservar recursos naturais.
Outra inovação é a plataforma ProteinDiscovery.ai da Shiru, que abriga o maior banco de dados de proteínas naturais do mundo. Essa ferramenta, que utiliza inteligência artificial, busca identificar novas proteínas que podem ser aplicadas em alimentos e cosméticos, ampliando as possibilidades de desenvolvimento de produtos mais saudáveis e sustentáveis.
A InnerPlant, por sua vez, criou a plataforma CropVoice, que utiliza sementes geneticamente modificadas para emitir sinais óticos que indicam estresses nas plantações. Essa tecnologia permite que os agricultores detectem problemas antes que se tornem visíveis, otimizando o uso de insumos e aumentando a produtividade. Além disso, a BeeHero desenvolveu uma plataforma que monitora a saúde das abelhas, essenciais para a polinização, coletando dados em tempo real para garantir a produção de alimentos mais saudáveis.
O rastreamento de gado também está se modernizando com o sistema SafeBeef da iRancho, que utiliza blockchain para fornecer informações detalhadas sobre a origem e o tratamento dos animais. Essa transparência é fundamental para atender à demanda crescente por produtos alimentares sustentáveis. Além disso, a Cargill está expandindo sua atuação no mercado de doces, desenvolvendo produtos à base de plantas, o que reflete uma tendência crescente de consumo consciente.
Essas inovações demonstram como a tecnologia pode transformar a agricultura e a produção de alimentos, promovendo práticas mais sustentáveis e eficientes. A união de esforços em projetos que visam a melhoria do sistema alimentar pode fazer a diferença. A sociedade civil tem um papel fundamental em apoiar iniciativas que busquem soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios atuais.
O Brasil se prepara para liderar a COP30, com foco na redução da dependência do petróleo e na mitigação das emissões de metano, conforme destacado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A urgência da transição energética é evidente, e o país pode estabelecer uma regulação robusta para o setor de óleo e gás, aproveitando sua posição de destaque. Essa ação não apenas beneficiaria o meio ambiente, mas também traria ganhos econômicos e geopolíticos, alinhando o Brasil com as expectativas globais.
A Green Zone da COP30 em Belém do Pará será um espaço aberto ao público para apresentar soluções climáticas e promover colaboração entre diversos setores. Inscrições vão até 22 de julho.
O governo brasileiro propõe um novo projeto de lei para suprir os 63 vetos do presidente Lula ao PL 2.159/2021, visando garantir a proteção ambiental e a agilidade no licenciamento. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a importância de um diálogo com o Congresso para equilibrar desenvolvimento e ecologia.
Um estudo da London School of Hygiene & Tropical Medicine revela que um aumento de 1°C na temperatura média diária pode elevar em 22% o risco de mortalidade infantil, afetando gravemente crianças e grávidas. A pesquisa destaca a vulnerabilidade de um bilhão de crianças e a necessidade urgente de políticas públicas para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
O BNDES lançou o projeto "Tudo na Circularidade" com R$ 20 milhões para cooperativas de reciclagem, enquanto o Itaú se compromete a investir R$ 1 trilhão em finanças sustentáveis até 2030. Essas iniciativas visam impulsionar a economia circular e a transição para um modelo de baixo carbono.
Uma coligação de 37 países, liderada por Panamá e Canadá, comprometeu-se a combater a poluição sonora marítima, visando proteger a biodiversidade marinha e desenvolver embarcações mais silenciosas.