Mulheres indígenas das etnias Wapichana e Macuxi impulsionam o projeto Tucupi Preto, valorizando saberes tradicionais e gerando renda com o molho amazônico em eventos gastronômicos. A iniciativa promove a cultura local e a preservação ambiental.
O tucupi preto, um molho tradicional da culinária indígena amazônica, tem ganhado destaque na gastronomia brasileira. Produzido a partir da mandioca brava, esse ingrediente é utilizado por comunidades indígenas de Roraima, como os povos Wapichana e Macuxi. Recentemente, o projeto Tucupi Preto, liderado por mulheres indígenas, tem promovido a valorização cultural e gerado renda, ao mesmo tempo em que preserva saberes ancestrais.
O tucupi preto, conhecido como Kanyzzy Pudidi’u na língua Wapichana, é caracterizado por seu aroma intenso, sabor doce e coloração escura. Na Terra Indígena Tabalascada, esse molho é utilizado para preparar o tradicional caldo “damurida”, que combina peixe, aves, carnes e pimenta. A iniciativa de valorização do tucupi preto tem atraído a atenção de chefs renomados, que o incorporam em seus pratos.
O agricultor indígena Marcolino Silva, do povo Wapichana, destaca que o projeto surgiu da observação da cadeia produtiva e do potencial do tucupi, que antes era descartado. Ele enfatiza a importância de dar continuidade ao conhecimento tradicional e de fortalecer o trabalho coletivo, especialmente entre as novas gerações. A associação criada em 2017, coordenada por Mickelly Pereira, tem incentivado a produção de mandioca e a culinária local.
O tucupi preto tem gerado renda para as famílias da comunidade, com a venda de garrafas a R$ 40,00. Os recursos são revertidos para a construção da Casa da Mandioca, que irá oferecer diversos produtos derivados da mandioca. Mickelly Pereira ressalta que, embora o projeto avance lentamente, ele já está movimentando a economia local, com o produto sendo enviado para estados como Pará e São Paulo.
A atuação das mulheres na comunidade é fundamental, segundo o tuxaua Cesar da Silva. Elas têm se destacado na produção de alimentos e na organização social, fortalecendo laços familiares e comunitários. O tucupi preto é comercializado em festivais e eventos, e as lideranças buscam expandir sua presença em mercados, com planos de aprimorar a embalagem do produto.
O tucupi preto, que já é comparado a molhos como o aceto balsâmico, está se tornando um símbolo da culinária indígena. A chef Flávia Masiero, por exemplo, apresentou o ingrediente em um concurso de chefs, destacando sua complexidade de sabores. Projetos como o Tucupi Preto merecem apoio da sociedade civil, pois podem contribuir para a preservação da cultura indígena e a valorização de saberes tradicionais.
A Prefeitura de São Paulo anunciou a construção de um conjunto habitacional na antiga Cracolândia, prevendo a demolição de um prédio deteriorado e a transferência de um teatro. O projeto inclui áreas de lazer e moradia popular.
O projeto "Te Vejo no Palco" do Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira selecionou seis artistas para gravações audiovisuais de suas performances, promovendo visibilidade e qualidade na música nacional. Artistas como Chico César, Johnny Hooker e MC Soffia foram escolhidos entre mais de 600 inscrições, destacando a diversidade e a excelência da música brasileira. As gravações visam ampliar o alcance e a memória musical do país.
O Museu Afro Brasil anunciou a nomeação de Flávia Martins como nova diretora executiva, buscando aumentar a diversidade racial e a presença de mulheres negras em cargos de liderança. A mudança ocorre após a saída polêmica de Hélio Menezes, que criticou a falta de transparência e diversidade na instituição, gerando um manifesto de apoio de quase oitocentas personalidades. A gestão atual visa responder às críticas com uma nova configuração, incluindo maior representação de mulheres negras em áreas estratégicas.
Em 2024, mulheres no Brasil ganham, em média, 20,9% menos que homens, com disparidade maior para negras. Apesar de maior confiança, obstáculos estruturais ainda limitam suas carreiras.
Estado de São Paulo foi condenado a pagar R$ 350 mil por danos morais coletivos à população negra, após monitoramento da Polícia Militar em caminhada turística em 2020. A decisão destaca violação de direitos fundamentais.
A Audima, fundada por Luiz Pedroza, cresce no mercado de acessibilidade digital, com aumento de 23% no faturamento em 2024 e planos de rebranding e um movimento social B2B para inclusão digital. A empresa, que já atende mais de cinco mil clientes em 11 países, busca conscientizar sobre a importância da acessibilidade, destacando que cerca de 60 milhões de brasileiros são consumidores que necessitam dessas soluções.