Tumores e doenças respiratórias geram 18,1% dos gastos hospitalares no Brasil. O Observatório Anahp 2025 revela que neoplasias e doenças respiratórias são responsáveis por quase um quarto das mortes e 704 mil novos casos de câncer são esperados anualmente até 2025.
Os tumores e doenças respiratórias estão entre as principais causas de internações e despesas hospitalares no Brasil. Segundo o Observatório Anahp 2025, levantamento anual da Associação Nacional de Hospitais Privados, essas condições são responsáveis por 6,6% das internações em hospitais privados e 11,6% dos custos hospitalares. As neoplasias, que incluem diversos tipos de câncer, correspondem a 14,5% dos óbitos registrados nas instituições associadas à Anahp.
O estudo prevê que o Brasil terá 704 mil novos casos de câncer anualmente até 2025, com a maioria das ocorrências concentradas nas regiões Sul e Sudeste. Os tipos de câncer mais comuns incluem pele não melanoma (31,3%), mama feminina (10,5%) e próstata (10,2%). As doenças respiratórias, como pneumonia e insuficiências pulmonares, também têm um impacto significativo, representando 4,4% das internações e 9,4% das mortes, além de 6,5% do orçamento hospitalar.
Os dados do Observatório Anahp indicam que os picos de internações por doenças respiratórias ocorrem entre maio e julho, com aumentos adicionais em março e dezembro. As principais condições diagnosticadas incluem infecções agudas, pneumonia, bronquite, asma e enfisema, afetando especialmente crianças de 0 a 14 anos, que são mais vulneráveis devido ao sistema imunológico em desenvolvimento e à exposição à poluição e ao tabagismo passivo.
Além disso, o estudo revela que os hospitais operam em alta capacidade, com uma taxa média de ocupação de quase 79% e um tempo médio de permanência de 3,99 dias. Em 2024, foram registrados mais de 12,8 milhões de atendimentos em prontos-socorros e 3,3 milhões de cirurgias. A relação entre receita e despesa por paciente melhorou, com um aumento de 7,7% na receita líquida por saída hospitalar entre 2020 e 2024.
Antônio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas, destacou em coletiva que o setor público não gasta significativamente mais que o privado, desmistificando a ideia comum. Ele exemplificou que reduzir um dia de internação em UTI pode economizar entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, recursos que são financiados pelos contribuintes.
Com a crescente incidência de câncer e doenças respiratórias, é fundamental que a sociedade se mobilize para apoiar iniciativas que visem a prevenção e o tratamento dessas condições. A união em torno de projetos sociais pode fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam esses desafios, promovendo saúde e bem-estar para todos.
Mais de 300 espirometrias foram realizadas em maio no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) com apoio do programa AbraçAR, visando diagnosticar e monitorar doenças respiratórias. A ação é crucial para o tratamento de condições como DPOC e asma.
A prevalência de HIV entre pessoas acima de 50 anos aumentou drasticamente, com um crescimento de 416% no Brasil e duplicação na África Subsaariana. Campanhas de conscientização são urgentes. Estudos revelam que a faixa etária acima de 50 anos, historicamente negligenciada, agora apresenta taxas alarmantes de HIV. O médico Luicer Olubayo destaca a necessidade de intervenções específicas para combater o estigma e melhorar o acesso ao tratamento.
O Distrito Federal enfrenta uma grave crise na doação de órgãos, com a taxa de recusa familiar alcançando 61% em 2024, resultando em apenas 45 doações e um aumento de 20% na fila de espera para transplantes. A Secretaria de Saúde busca reverter essa situação com campanhas de conscientização.
Preta Gil, 50, decidiu continuar seu tratamento contra câncer colorretal nos EUA após recidiva com metástase. Ela busca acesso a inovações que não estão disponíveis no Brasil.
Intervenções de inteligência artificial (IA) podem aumentar em até 50% as taxas de sucesso na cessação do tabagismo, conforme estudos apresentados em Dublin. Apenas 33% dos países oferecem suporte a fumantes.
Estudo revela que, em 2024, o Brasil contava com 353.287 médicos especialistas, com destaque para a desigualdade regional na saúde e a crescente influência da inteligência artificial no diagnóstico, especialmente em hematologia.