A Unicamp aprovou cotas para pessoas trans, travestis e não binárias, gerando reações políticas e tentativas de anulação por parlamentares, em meio a um aumento de projetos de lei antitrans no Brasil.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou, por unanimidade, a implementação de cotas para pessoas trans, travestis e não binárias na graduação. Essa decisão é vista como uma reparação histórica para um grupo que enfrenta marginalização e exclusão social. O acesso à educação superior é um direito que, historicamente, foi negado a essas populações, que frequentemente sofrem com diversas formas de violência e discriminação.
As cotas visam democratizar o acesso a uma instituição que, por muito tempo, foi voltada para as elites brancas, excluindo a classe trabalhadora. Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra) revelam que a expectativa de vida dessa população é de apenas 35 anos, e que 82% não concluem o ensino médio. Apenas 0,3% chega ao ensino superior, enquanto 90% estão na prostituição, sem oportunidades no mercado de trabalho.
O histórico de violência contra a população trans no Brasil é alarmante. Desde a colonização, passando pela ditadura civil-militar, onde operações policiais visavam "limpar" as ruas de pessoas trans, a marginalização se perpetua. A recente aprovação das cotas na Unicamp é um passo importante para mudar essa realidade, permitindo que essas pessoas se tornem agentes de conhecimento e contribuam para a sociedade.
Entidades e especialistas defendem que a inclusão de pessoas trans nas universidades traz benefícios não apenas para os indivíduos, mas também para as instituições. A experiência de mais de dez anos de cotas para negros no Brasil demonstrou um aumento de 400% na presença desse grupo no ensino superior, além de melhorias na identificação de fraudes nas bancas de heteroidentificação.
Entretanto, a decisão da Unicamp gerou reações negativas. Parlamentares tentam anular a medida e propostas de lei antitrans estão em ascensão, com 293 projetos protocolados em 2023. Esses ataques refletem uma agenda que nega identidades de gênero e busca restringir direitos, evidenciando a necessidade de um debate mais amplo sobre inclusão e respeito às diversidades.
Garantir o acesso de pessoas trans ao ensino superior é crucial para a construção de um futuro mais igualitário. A universidade deve ser um espaço de transformação, onde todas as identidades são respeitadas. Nessa luta, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que promovam a inclusão e a dignidade das pessoas trans, contribuindo para um Brasil mais justo e igualitário.

Alexandre Borba, o Gaules, arrecadou R$ 883 mil para causas sociais entre 2023 e 2024. Ele utiliza ferramentas como LivePix para facilitar doações, engajando sua comunidade jovem em ações solidárias.

Tati Machado compartilha sua experiência de luto perinatal após a perda do filho Rael e destaca a importância da Lei nº 15.139/2025, que garante apoio psicológico a famílias enlutadas. A legislação, sancionada em maio, institui a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, promovendo um atendimento mais acolhedor e humano nas maternidades.

O jornalista Terrence McCoy, do The Washington Post, elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS) após receber atendimento gratuito em Paraty, destacando a saúde como um direito garantido pela Constituição brasileira.

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que propõe a troca de sinais sonoros estridentes por alternativas musicais ou visuais nas escolas, visando beneficiar alunos com transtorno do espectro autista. O relator, Professor Reginaldo Veras, destacou a importância da medida para reduzir a ansiedade e o desconforto sensorial desses estudantes. O projeto, que não prevê penalidades para descumprimento, seguirá para análise em outras comissões antes de sua possível implementação.
O Dia Internacional do Pedestre, celebrado em 8 de agosto, destaca a segurança dos pedestres, com foco na redução de acidentes no DF, onde ocorreram 335 mortes entre 2021 e 2024. A campanha de 2025, "Desacelere. Seu bem maior é a vida", visa conscientizar sobre a importância de um trânsito mais seguro.

Felca, youtuber conhecido por abordar a exploração infantil na internet, lançou o vídeo "Adultização", que já conta com 38 milhões de visualizações e gerou polêmica, incluindo críticas e ameaças. Ele denunciou influenciadores, como Hytalo Santos, por abusos e afirmou que pedófilos se sentiram ameaçados por suas revelações. Felca se disse preparado para as consequências, afirmando que quem deve temer são os criminosos.