Saúde e Ciência

Vacina contra chikungunya avança para incorporação no SUS após aprovação da Anvisa

Vacina contra chikungunya é aprovada pela Anvisa e será incorporada ao SUS. A iniciativa do Ministério da Saúde visa fortalecer o combate à doença, que já afetou 620 mil pessoas globalmente em 2024.

Atualizado em
April 14, 2025
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Vacina da dengue desenvolvida pelo Butantan oferece proteção contra os quatro sorotipos, diz instituto. — Foto: Pexels

Após a aprovação do registro da vacina contra chikungunya pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde anunciou que solicitará sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). O pedido será enviado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) para que sejam adotadas as medidas necessárias à avaliação do novo imunizante na rede pública de saúde. A expectativa é que, uma vez aprovada, a vacina seja incluída no calendário nacional de vacinação, fortalecendo as ações de combate à doença no Brasil.

A vacina contra chikungunya foi desenvolvida pelo laboratório Valneva, em parceria com o Instituto Butantan. A chikungunya é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da dengue e da zika. A doença provoca febre alta e dores intensas nas articulações, podendo levar a complicações crônicas. Desde a introdução do vírus no Brasil em 2014, todos os estados registram casos, totalizando até 14 de abril deste ano, 68,1 mil casos e 56 óbitos confirmados.

Esta é a primeira vacina autorizada contra a chikungunya, que afetou cerca de 620 mil pessoas no mundo em 2024. Os países com maior incidência da doença incluem Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia. O mesmo imunizante já recebeu aprovação nos Estados Unidos e na União Europeia (UE), onde foi testado em quatro mil voluntários de dezoito a sessenta e cinco anos, apresentando um bom perfil de segurança e alta imunogenicidade.

Resultados de um estudo clínico publicado na revista científica The Lancet mostram que 98,9% dos participantes produziram anticorpos neutralizantes, com níveis que se mantiveram robustos por pelo menos seis meses. O Instituto Butantan informou que o parecer favorável da Anvisa é um passo importante para a aprovação de uma segunda versão da vacina, que já está em análise. Esta versão terá etapas de fabricação no Brasil, utilizando Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) internacional.

Com a produção local, espera-se que os custos do antígeno diminuam, facilitando a inclusão do imunizante no calendário de vacinação brasileiro. A aprovação da vacina representa uma esperança significativa no combate à chikungunya, uma doença que tem causado sofrimento a milhares de brasileiros e que pode levar a complicações graves.

Nossa união pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a saúde pública e a prevenção de doenças. Projetos que busquem arrecadar fundos para a vacinação e conscientização sobre a chikungunya podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas afetadas pela doença.

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