O 13 de maio, dia da abolição da escravatura no Brasil, é reinterpretado como um momento de luta contínua da população negra, evidenciando uma abolição inacabada. Luciana Brito, historiadora, destaca a desigualdade persistente e a violência racial, ressaltando que a data não é um feriado oficial, ao contrário do 20 de novembro, que simboliza a resistência negra. Eventos como o "Bembé do Mercado" celebram a liberdade e a memória dos ancestrais, reforçando a importância da conscientização sobre a história e os direitos da população negra.

O 13 de maio é uma data que, por muito tempo, foi celebrada no Brasil como um marco de comemoração pela abolição da escravatura, com a assinatura da Lei Áurea em 1888 pela princesa Isabel. Contudo, essa perspectiva vem sendo reavaliada, destacando a luta contínua da população negra e a herança de uma abolição que se mostra incompleta. A historiadora Luciana Brito, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, questiona: "Que abolição é essa que veio sem cidadania, sem direito a escola, sem acesso a terra e sem emprego?"
Brito ressalta que, embora a assinatura da lei tenha sido um passo importante, o legado deixado pela abolição é um fardo que persiste até os dias de hoje. Ela aponta que a desigualdade salarial é um reflexo dessa herança, onde pessoas negras frequentemente recebem menos do que seus colegas brancos. Além disso, a violência contra a população negra, especialmente mulheres, é uma realidade alarmante, com altos índices de feminicídio e criminalização de práticas culturais.
A especialista argumenta que o Estado brasileiro ainda deve muito à população negra, que continua a ser a menos reconhecida e legitimada em seus direitos. "O corpo negro no Brasil ainda é o corpo menos cidadão", afirma Brito, enfatizando que a falta de um compromisso efetivo para erradicar o racismo é um reflexo do trabalho inacabado que se iniciou em 13 de maio de 1888.
Apesar das críticas, a data também é marcada por celebrações populares, como o "Bembé do Mercado", realizado em Santo Amaro do Recôncavo Baiano. Essa festividade, que remonta a 1889, é um candomblé de rua que homenageia os orixás e celebra a liberdade conquistada. Em 2019, o evento foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, destacando a importância da memória coletiva e da resistência do povo negro.
Luciana Brito também menciona que a narrativa histórica da luta negra no Brasil é resultado de um trabalho contínuo e articulado do movimento negro. A data de 20 de novembro, que marca a morte de Zumbi dos Palmares, foi recentemente oficializada como feriado nacional, simbolizando uma luta popular que contrasta com a origem elitista das comemorações do 13 de maio.
Essa reinterpretação do 13 de maio e a valorização de datas como o 20 de novembro são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa. A união em torno dessas causas pode gerar um impacto significativo na luta contra a desigualdade e a violência racial, promovendo iniciativas que valorizem a cultura e a história da população negra no Brasil.

A Fiocruz lançará, no dia 9, a primeira cartilha mundial que aborda a representação racial de pessoas com síndrome de Down, elaborada de forma participativa e gratuita. O material visa combater a invisibilidade e as barreiras enfrentadas por essa população, especialmente entre os grupos negros.

A Câmara dos Deputados aprovou o Dia Marielle Franco, a ser celebrado em 14 de março, em homenagem aos defensores de direitos humanos. A proposta enfrenta críticas e ainda precisa de votação de destaques.

Estudo da Santa Casa e UFCSPA revela que laboratórios internos para testagem de covid-19 aumentaram a eficiência e reduziram custos, evitando afastamentos desnecessários de profissionais de saúde. A pesquisa analisou dados de mais de 10 mil testes realizados, mostrando que resultados rápidos evitaram perdas significativas de jornadas de trabalho e custos elevados.

O São João do Maranhão, reconhecido pela Unesco, se destaca como a maior festa junina do mundo em 2025, com mais de 800 atrações e forte impacto econômico. A celebração une cultura, turismo e tradição.

Começou em Paris a Expo Favela Innovation 2025, promovida pela Central Única das Favelas (Cufa), reunindo empreendedores e investidores para discutir inovações sociais e culturais. O evento destaca a resiliência e criatividade das comunidades, com estandes de empreendedores e uma programação diversificada.

A OPAS, em parceria com o Ministério da Saúde e o ITpS, promoveu a segunda edição da oficina sobre vigilância laboratorial em Fortaleza, reunindo 34 profissionais de diversos estados. O evento visou fortalecer a Rede de Laboratórios de Saúde Pública do SUS, compartilhando boas práticas e inovações.