Entre 2012 e 2022, 569 pessoas foram processadas por aborto no Brasil, com 66 condenações e 218 mulheres encarceradas, muitas vezes sem provas. O estudo do Instituto de Bioética Anis revela abusos e coação.

Entre 2012 e 2022, pelo menos 569 pessoas foram processadas por aborto no Brasil, segundo um estudo do Instituto de Bioética Anis em parceria com a organização de direitos humanos Ríos/Rivers. A maioria das acusadas são mulheres em situação de vulnerabilidade social, incluindo negras, periféricas e mães solo. O relatório aponta 66 condenações e 218 mulheres que enfrentaram a privação de liberdade, muitas vezes sem provas concretas e sob coação.
Das prisões, 175 foram preventivas, ou seja, ocorreram antes do julgamento. O estudo destaca que a falta de dados públicos abrangentes pode subestimar o número real de condenações. Além disso, confissões obtidas sob coação e denúncias baseadas em especulações são práticas recorrentes. Muitas mulheres foram processadas apenas por relatos informais, como o uso de chás ou analgésicos, sem qualquer laudo que comprovasse a prática de aborto.
O relatório também denuncia a quebra do sigilo profissional por parte de agentes de saúde e conselheiros tutelares, que foram responsáveis por cerca de 46% das denúncias. Esses atos violam princípios éticos e legais. Em diversos casos, mulheres foram coagidas a confessar durante atendimentos médicos, frequentemente sem qualquer prova material da prática abortiva.
Juízes e promotores, conforme o estudo, costumam descrever as mulheres com termos pejorativos, como “cruéis” ou “maléficas”, baseando-se em julgamentos morais. Muitas vítimas de estupro foram tratadas como criminosas, enquanto homens agressores frequentemente receberam penas mais brandas ou não foram denunciados adequadamente. O levantamento identificou treze homens que ameaçaram ou coagiram mulheres a interromper a gestação.
Um caso relatado envolve uma mulher forçada pelo companheiro a ingerir Cytotec, enquanto outra adolescente, vítima de abuso sexual pelo pai, foi denunciada por tentar interromper a gravidez resultante. O estudo revela que, mesmo sendo vítimas, essas mulheres enfrentaram processos criminais, evidenciando a necessidade de uma abordagem mais justa e humana.
Os depoimentos coletados durante a pesquisa mostram os traumas enfrentados por essas mulheres, que muitas vezes são expostas e julgadas em momentos de vulnerabilidade. A situação exige uma mobilização da sociedade civil para apoiar iniciativas que promovam a justiça e a proteção dos direitos das mulheres. Nossa união pode ajudar a transformar essa realidade e proporcionar um suporte necessário às vítimas.

Reunião pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) reuniu comunidade e autoridades para consolidar pré-propostas do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), com expectativa de aprovação em julho. O secretário Marcelo Vaz destacou a importância da participação popular e a finalização do processo iniciado em 2019, enquanto a deputada Paula Belmonte defendeu o direito à moradia digna.

A primeira-dama Rosangela da Silva, conhecida como Janja, reafirmou seu compromisso em discutir a regulamentação das redes sociais para proteger crianças e adolescentes, após polêmica em reunião com Xi Jinping. Janja destacou a importância de sua voz na luta contra crimes cibernéticos, desafiando críticas e defendendo um ambiente digital seguro.

Equipes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania visitarão o Cemitério de Ricardo de Albuquerque para identificar 15 desaparecidos políticos da Ditadura Militar. A ação inclui exames de DNA e entrega de certidões de óbito retificadas.

Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado em 2 de abril. O SLU destaca a inclusão de colaboradores com autismo, como Gabriel Chaib, que compartilha sua experiência positiva de 16 anos.

A Selfit Academias encerrou o contrato de um casal após agressões transfóbicas contra a personal trainer Kely Moraes em Recife. A academia reafirma seu compromisso com um ambiente seguro e acolhedor.

O Rio de Janeiro recebe uma intensa programação cultural entre 7 e 13 de agosto, com eventos como o Festival de Arte e Cultura do IFRJ e a Feira da Cidadania Carioca, promovendo arte e música. O Palácio Capanema e o Parque Madureira serão os principais palcos, oferecendo atividades gratuitas e shows de artistas renomados, como Moyseis Marques e Pretinho da Serrinha. O Jazz Proibidão também promete agitar a cena musical com uma fusão de jazz e funk carioca.