Al Gore elogia o modelo de financiamento do BNDES para energias renováveis no Brasil, considerando-o um exemplo para outros países. Ele expressa otimismo sobre a COP30 em Belém, apesar dos desafios da exploração de combustíveis fósseis.
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, elogiou o modelo de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para energias renováveis no Brasil, considerando-o um exemplo para outros países. Em entrevista, Gore destacou que esse modelo pode ser crucial para a transição energética em nações em desenvolvimento, especialmente na próxima Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém. Ele afirmou: "O BNDES mitigou os riscos de investimentos em energia renovável."
Gore, que é conhecido por seu ativismo climático e pelo documentário Uma Verdade Inconveniente, expressou otimismo em relação ao futuro das energias renováveis. Ele mencionou que, no último ano, noventa e três por cento da nova geração de eletricidade instalada no mundo foi renovável. Além disso, mais de cinquenta por cento das motocicletas e vinte por cento dos automóveis vendidos globalmente são elétricos, com a China liderando nesse aspecto.
Apesar do aumento das emissões de gases de efeito estufa, Gore acredita que estamos próximos de um pico e que as emissões na China estão começando a diminuir. Ele ressaltou que o sucesso da transição energética depende da pressão popular por mudanças e da formação de ativistas em todo o mundo. "O financiamento de energia limpa e o lobby da indústria do petróleo são obstáculos centrais na COP30," afirmou.
O ex-vice-presidente também comentou sobre a contradição do Brasil em buscar liderança na transição energética enquanto explora novas fronteiras de petróleo na Amazônia. Ele reconheceu que, mesmo com a transição, o mundo continuará a depender de combustíveis fósseis por algum tempo, mas enfatizou que a energia renovável está crescendo mais rapidamente do que a adição de fósseis.
Gore destacou que a solução para a crise climática não deve depender apenas dos governos, mas também do setor privado. Ele observou que, enquanto países desenvolvidos obtêm a maior parte do financiamento para energia renovável do setor privado, países em desenvolvimento enfrentam taxas de juros mais altas. O modelo do BNDES, que combina financiamento público e privado, pode ser replicado em outras regiões, como a África, que possui vastos recursos solares, mas carece de capital para desenvolvê-los.
Com a crescente conscientização sobre a crise climática, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a energia renovável e a sustentabilidade. Projetos que visam mitigar os impactos ambientais e fomentar a transição energética merecem nosso apoio e engajamento.
O Ibama suspendeu a nova fase de exploração do pré-sal na Bacia de Santos, exigindo que a Petrobras apresente um programa de ações contra mudanças climáticas. A medida impacta investimentos de R$ 196 bilhões e gera impasse a poucos meses da COP30.
O governo chileno planeja reabrir uma estrada madeireira no Parque Nacional Alerce Costero, ameaçando a sobrevivência da Gran Abuelo, uma árvore de 5.400 anos. O projeto gera controvérsias sobre seu impacto ambiental e a real intenção por trás da obra.
Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) criaram a cisterna móvel, inspirada em plantas xerófilas, para captar água em regiões áridas, visando mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Reunião sobre altos custos de hospedagem da COP30 em Belém foi cancelada, evidenciando crise na infraestrutura hoteleira. Medidas rigorosas visam conter a especulação de preços, enquanto novas opções de estadia são oferecidas.
Brasil investe R$ 150 milhões para restaurar florestas e mitigar emissões de carbono, com foco em reflorestamento e recuperação de áreas degradadas até 2030. A meta é restaurar 12 milhões de hectares, essencial para a economia de baixo carbono.
A produção global de leite pode cair até 10% nas próximas décadas devido ao estresse térmico, afetando milhões, especialmente no sul da Ásia, segundo estudo da revista Science Advances.