Relatório revela que a produção de alimentos na Amazônia é a principal causa do desmatamento e das emissões de poluentes no Brasil, propondo soluções sustentáveis e a valorização da agricultura familiar. A pesquisa “Sistemas Agroalimentares e Amazônias” destaca a necessidade de uma transição justa na produção de alimentos, enfatizando a recuperação de pastos degradados e a inclusão de pequenos produtores nas políticas públicas.

A Amazônia enfrenta desafios críticos relacionados ao desmatamento e à produção de alimentos, com a pecuária e monoculturas como principais responsáveis pelas emissões de poluentes no Brasil. O relatório “Sistemas Agroalimentares e Amazônias”, elaborado pela rede Uma Concertação pela Amazônia em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (iCS), propõe soluções para uma transição justa na produção de alimentos, destacando a agricultura familiar e a recuperação de pastos degradados.
O estudo revela que a forma atual de produzir e consumir alimentos na Amazônia é a principal causa do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa no país. Além disso, a população local enfrenta a falta de acesso a uma alimentação adequada. O relatório, que será apresentado na COP30, enfatiza que a expansão da pecuária e das monoculturas nas últimas décadas tem prejudicado o meio ambiente e aumentado a desigualdade social.
Lívia Pagotto, secretária-executiva da rede Uma Concertação pela Amazônia, afirma que “produzir alimentos de forma sustentável na Amazônia não só é possível, como essencial para garantir comida de qualidade para quem vive na região, no Brasil e no mundo”. O documento, que conta com a colaboração de quarenta e oito autores, mapeia tanto os problemas que dificultam a mudança, como a falta de infraestrutura, quanto as soluções que já estão sendo implementadas com sucesso.
Entre as soluções apresentadas, o relatório destaca a importância de fortalecer a agricultura familiar e os sistemas agroflorestais. Modelos que combinam o cultivo de mandioca, castanha e açaí têm demonstrado que é viável gerar renda enquanto se preserva a floresta. Geórgia Jordão, responsável pela área de Conhecimento da Concertação, ressalta que o Brasil só conseguirá cumprir seus compromissos climáticos e socioambientais promovendo uma transição justa na produção e consumo de alimentos.
Outra proposta é a recuperação de pastos degradados, que ocupam sessenta por cento da área destinada à pecuária na região. Técnicas como a integração entre lavoura, pecuária e floresta, além do uso de insumos naturais, já foram testadas e aprovadas por centros de pesquisa. A conexão da agricultura familiar com programas governamentais, como o que compra alimentos para escolas, é vista como uma forma de levar alimentos frescos e típicos da região às cidades, ao mesmo tempo que movimenta a economia local.
O relatório conclui que é fundamental colocar a Amazônia no centro das políticas públicas, unindo esforços em todos os níveis de governo para apoiar uma produção de alimentos diversificada. Incentivar a produção local e diversificada pode ser uma estratégia eficaz para combater a fome e regenerar os ecossistemas. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a superar os desafios alimentares e ambientais que a região enfrenta.

Ibama monitora baleia-franca e filhote em Palhoça (SC) após mãe ser vista com rede de pesca na cabeça, sem comprometer comportamento natural. A equipe técnica garante acompanhamento contínuo e orienta a comunidade local.

Instituto Brasília Ambiental e ONG Jaguaracambé realizam expedições para monitorar carnívoros ameaçados. Em abril, o Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a ONG Jaguaracambé, iniciou expedições na APA Cafuringa para monitorar carnívoros, com foco em espécies como lobo-guará e jaguatirica. O projeto, que completa dez anos em 2024, visa coletar amostras biológicas para análise de saúde e conservação da fauna no Distrito Federal. Um novo Acordo de Cooperação Técnica foi firmado para fortalecer a pesquisa e manejo de fauna, destacando a importância do monitoramento para políticas públicas ambientais.

O governo brasileiro solicitou à ONU o reconhecimento da Elevação do Rio Grande como parte de sua plataforma continental, visando ampliar a exploração econômica e enfrentar desafios ambientais. A estrutura submarina, rica em minerais essenciais, pode garantir direitos exclusivos de exploração, mas também exige responsabilidade na conservação ambiental.

A COP30, em Belém (PA), contará com o portal COP30 Events, que mapeia mais de 40 eventos para engajar a sociedade civil nas discussões climáticas. A plataforma visa conectar vozes e promover ações colaborativas.

Em julho de 2023, a área queimada no Brasil caiu 40%, com destaque para o Cerrado, que ainda é o maior foco de queimadas. A Amazônia teve uma redução de 65%, impulsionada pelas chuvas e prevenção de incêndios.
Mário Moscatelli será homenageado na 14ª edição do Filmambiente, que ocorrerá de 27 de agosto a 5 de setembro, no Estação NetRio, em Botafogo, com a exibição gratuita de 47 filmes de 25 países. O festival abordará o Colonialismo Ambiental, destacando a luta pela preservação cultural e ambiental. A mostra paralela Visions Du Réel, apoiada pela Embaixada da Suíça, também será apresentada, trazendo um importante acervo de documentários.