A América Latina enfrentou perdas econômicas de US$ 6,67 bilhões em desastres naturais no primeiro semestre de 2025, com o Brasil sendo o mais afetado. A AON destaca a urgência em fortalecer a resiliência climática.

A América Latina enfrentou perdas econômicas de mais de US$ 6,67 bilhões devido a desastres naturais no primeiro semestre de 2025, conforme dados da AON. Esse valor representa um aumento de aproximadamente US$ 1,485 bilhão em relação ao mesmo período de 2024. O relatório Global Catastrophe Recap H1 2025 destaca que a região sofre com a intensificação de eventos climáticos, como secas e inundações, exacerbados pelas mudanças climáticas e pela falta de infraestrutura adequada.
O Brasil foi o país mais afetado, com perdas estimadas em US$ 5,355 bilhões devido a quatro eventos significativos: duas tempestades severas, uma seca e uma inundação. O Paraguai e a Argentina também registraram danos, com perdas de cerca de US$ 690 milhões e US$ 375 milhões, respectivamente. A Colômbia, embora sem estimativa oficial, enfrentou deslizamentos de terra que causaram mortes e danos materiais consideráveis.
Lina Toro, CEO de Resseguros para Colômbia, Equador e Peru da AON, afirmou que os desastres naturais na América Latina evidenciam a necessidade urgente de fortalecer as estratégias de resiliência climática. O relatório sugere que investimentos em infraestrutura adaptativa, sistemas de alerta precoce e acesso ao seguro são fundamentais para mitigar os impactos desses eventos.
Globalmente, as perdas decorrentes de catástrofes naturais atingiram US$ 162 bilhões no primeiro semestre de 2025, superando a média histórica. As perdas seguradas totalizaram cerca de US$ 100 bilhões, com mais de 90% ocorrendo nos Estados Unidos, principalmente devido a incêndios florestais e tempestades severas. O valor segurado foi o segundo maior já registrado, perdendo apenas para 2011.
Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta que a América Latina e o Caribe enfrentarão eventos climáticos extremos, como furacões e secas, que ameaçam a agricultura e a segurança alimentar. A OMM destacou que a temperatura média na região foi 0,90°C acima da média histórica, e a seca na Amazônia e no Pantanal está comprometendo o abastecimento de água.
Com a crescente frequência de desastres naturais, a união da sociedade civil é essencial para apoiar as comunidades afetadas. Vítimas desses eventos podem precisar de ajuda na recuperação e na construção de um futuro mais resiliente. Projetos que visem a recuperação e a prevenção de desastres devem ser estimulados, promovendo a solidariedade e a ação coletiva em momentos de crise.

Seis grandes empresas brasileiras, incluindo Bradesco e Natura, lançaram a iniciativa C.A.S.E. para destacar soluções sustentáveis e reforçar o papel do Brasil na COP30, em Belém, em novembro de 2025.

Estudo da Unesp revela que a crise climática pode reduzir em até 50% as áreas de cultivo de café no Brasil até 2080, afetando especialmente Minas Gerais. Técnicas de manejo são sugeridas.

Antas-brasileiras foram redescobertas na Caatinga, desafiando sua extinção local. A Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira busca estratégias de proteção para a espécie.

Bonito (MS) se destaca como o primeiro destino de ecoturismo do mundo a conquistar a certificação Carbono Neutro, promovendo a proteção da Gruta do Lago Azul e do Abismo Anhumas. A ATTA trouxe especialistas globais para conhecer as iniciativas sustentáveis da região.

A deputada Marina Helou (Rede-SP) assume a presidência da Rede Nacional de Frentes Parlamentares Ambientalistas Estaduais, promovendo um "Pacto Legislativo Estadual pelo Clima" e uma "Carta Política da Rede para a COP-30". A conferência em Belém (PA) destaca a urgência de ações legislativas robustas diante das mudanças climáticas.

Entre 2020 e 2023, 83% das cidades brasileiras enfrentaram desastres relacionados a chuvas extremas, afetando 3,2 milhões de pessoas anualmente, um aumento alarmante em relação à década de 1990. Especialistas apontam o aquecimento global como causa.