Uma pesquisa revela que sementes defecadas por antas germinam até duas vezes mais rápido do que as que caem no solo, evidenciando seu papel vital na recuperação de florestas degradadas. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Univates, destaca a importância da conservação das antas, que estão ameaçadas de extinção.

Uma pesquisa publicada na revista científica Acta Amazonica revelou que as sementes ingeridas e defecadas por antas germinam até duas vezes mais rápido do que aquelas que caem diretamente no solo. O estudo foi realizado em uma área de proteção permanente no rio Braço Norte, em Mato Grosso, e envolveu a coleta de 140 amostras de fezes de antas. Os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade do Vale do Taquari (Univates) analisaram a taxa de germinação de sementes de seis espécies nativas que servem de alimento para esses animais.
As sementes que passaram pelo trato digestivo das antas germinaram entre oito e sessenta e cinco dias após o plantio, dependendo da espécie. Em comparação, as sementes intactas levaram de vinte e sete a noventa e dois dias para germinar. A taxa de sucesso das sementes excretadas variou entre vinte e seis por cento e oitenta e nove por cento, enquanto as sementes intactas apresentaram uma taxa de apenas dezessete a cinquenta e um por cento.
Os cientistas também utilizaram uma técnica de escarificação, que simula a fricção do intestino, em um terceiro grupo de sementes. As sementes tratadas mecanicamente germinaram mais rapidamente e com maior taxa de sucesso do que as excretadas, mas a pesquisa destaca que a contribuição das antas para a recuperação de florestas degradadas é significativa.
O estudo revelou que as sementes de jenipapo excretadas pelas antas germinaram em média em dezessete dias, quase três vezes mais rápido do que as do grupo controle, que levaram quarenta e oito dias. Além disso, a taxa de germinação das sementes de jenipapo encontradas nas fezes foi de oitenta e seis por cento, em contraste com apenas vinte e três por cento das sementes intactas.
Mateus Pires, um dos autores do estudo, explicou que a passagem pelo trato digestivo das antas ajuda a quebrar a dormência das sementes, facilitando sua germinação. Apesar da importância das antas na recuperação de ecossistemas, a espécie está classificada como vulnerável na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, atualizada em 2022.
Os resultados da pesquisa ressaltam a necessidade de ações de conservação para proteger as antas e, consequentemente, a biodiversidade dos ecossistemas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação dessas espécies e a recuperação de áreas degradadas, garantindo um futuro mais sustentável para a flora e fauna brasileiras.

O Ministério Público Federal (MPF) investiga a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) por irregularidades no descarte de resíduos no Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda. A empresa MCI Reciclagem e Comércio é citada por possíveis violações ambientais.

A Enel foi multada em R$ 225 mil por podas agressivas de 18 árvores em Niterói, com o vereador Daniel Marques denunciando a prática como "assassinato de árvores". A multa visa coibir novas infrações.

O PL 2.159, aprovado no Senado, facilita o licenciamento ambiental por autodeclaração, levantando preocupações sobre dados imprecisos e riscos ambientais, segundo especialistas. A falta de governança e fiscalização pode impactar negativamente as exportações brasileiras.

A tripulação da Voz dos Oceanos, liderada pela Família Schurmann, constatou a alarmante poluição por plásticos no Oceano Índico, reforçando a urgência de ações contra a degradação marinha. A experiência impactante destaca a necessidade de conscientização e engajamento social para reverter esse cenário crítico.

Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, solicita ao presidente Lula que vete o Projeto de Lei 2.159/2021, que altera o licenciamento ambiental, alertando para riscos climáticos e sociais. O PL propõe um licenciamento autodeclaratório, permitindo que empreendedores assumam responsabilidades sem critérios rigorosos, o que pode levar a um retrocesso ambiental e à especulação econômica. A proposta ignora a emergência climática e compromete biomas essenciais, afetando a segurança alimentar e hídrica no Brasil.

A COP30 em Belém enfrenta uma crise de hospedagem, com preços subindo até 900%, o que pode excluir vozes essenciais do debate climático e impactar a imagem do Brasil. A situação levanta preocupações sobre práticas abusivas no mercado.