António Nóvoa, presidente da Comissão Internacional da Unesco, critica a superficialidade do debate sobre IA na educação e defende mudanças estruturais nas escolas para enfrentar desafios contemporâneos.

Em 2019, a Unesco estabeleceu uma Comissão Internacional para explorar futuros possíveis para a educação, liderada pelo professor António Nóvoa. O trabalho culminou no relatório “Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação”, publicado em 2021. Em recente entrevista, Nóvoa expressou sua preocupação com a superficialidade do debate atual sobre inteligência artificial (IA) na educação, destacando que a tecnologia não deve substituir a escola, mas sim ser integrada de forma a enriquecer o ambiente escolar.
Nóvoa argumenta que, sem mudanças estruturais na organização das escolas, a educação terá dificuldade em enfrentar os desafios contemporâneos, como direitos humanos e diversidade. Ele enfatiza que a escola deve ser um espaço distinto da sociedade, onde o convívio humano e o diálogo são essenciais. A tecnologia, segundo ele, deve ser utilizada para apoiar o aprendizado, especialmente para alunos com dificuldades, mas não como uma forma de individualizar o ensino em detrimento da interação social.
O professor também aborda a necessidade de equilibrar diferentes objetivos educacionais, como formação para o trabalho e desenvolvimento da cidadania. Ele acredita que é possível ter uma base comum de conhecimento, mas que as escolas devem ser mais diversas e atender a diferentes trajetórias. A estrutura atual das instituições, que remete ao século XIX, precisa ser transformada para permitir uma educação mais colaborativa e integrada.
Entre as mudanças sugeridas, Nóvoa destaca três conceitos fundamentais: cooperação, convergência e convivialidade. A cooperação envolve o trabalho em grupo, onde os alunos podem desenvolver projetos juntos. A convergência refere-se à necessidade de integrar disciplinas, refletindo a complexidade do conhecimento atual. Por fim, a convivialidade implica em criar espaços de diálogo e participação, onde a voz dos alunos é valorizada.
Os desafios que a educação enfrenta hoje incluem questões climáticas, a necessidade de um digital público, mobilidade cultural, diversidade, tempo livre e intergeracionalidade. Nóvoa observa que a escola pode desempenhar um papel crucial em todos esses aspectos, mas que a transformação da educação é essencial para que isso ocorra. Ele alerta que a educação atual, se mantida como está, não será capaz de promover mudanças significativas no mundo.
Essa visão de transformação educacional é um chamado à ação. Projetos que buscam inovar e melhorar a educação podem se beneficiar do apoio da sociedade civil. A união em torno de iniciativas que promovam uma educação mais inclusiva e adaptada às necessidades contemporâneas pode fazer a diferença na formação de cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios do futuro.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou a abertura das inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni) no segundo semestre de 2025, com mais de 211 mil bolsas disponíveis. Os interessados devem ter realizado o Enem 2023 ou 2024 e atender a critérios de renda.

Em 2024, a taxa de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham no Brasil caiu para 18,5%, refletindo uma melhora no mercado de trabalho, mas ainda revela desigualdades de gênero e raça.

Estudo revela que estimulação elétrica leve no cérebro pode aumentar em até 29% o desempenho em matemática de alunos com dificuldades, promovendo maior igualdade intelectual. Pesquisadores alertam para questões éticas sobre o acesso à tecnologia.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) expressou pesar pela morte do desembargador J.J Costa Carvalho e anunciou a reconstrução de uma escola na Candangolândia, além da entrega de novos módulos na Escola Parque da Natureza e Esporte. A nova escola contará com refeitório e auditório, enquanto os módulos oferecem ambientes iluminados e climatizados para o desenvolvimento das crianças.

O Brasil avançou para 20,6% das matrículas em educação em tempo integral, mas cortes de R$ 4,8 bilhões pelo Congresso ameaçam a meta do Plano Nacional de Educação e a expansão de vagas.

IgesDF capacita profissionais sobre direitos sociais de pessoas com autismo. O curso, realizado no Hospital Regional de Santa Maria, aborda legislações e estratégias de atendimento, com novas turmas programadas para abril.