O Brasil enfrenta um aumento alarmante de casos de síndrome respiratória aguda grave, levando a estados e municípios a declararem emergência em saúde pública. O pneumologista Carlos Carvalho alerta para a vulnerabilidade de crianças, idosos e pessoas com comorbidades, destacando a importância da vacinação e medidas preventivas, como uso de máscaras e higiene das mãos, para conter a propagação das viroses respiratórias.
O Brasil está enfrentando um aumento alarmante nos casos de síndrome respiratória aguda grave, o que levou diversos estados e municípios a declararem estado de emergência em saúde pública. O pneumologista Carlos Carvalho, chefe da UTI Respiratória do InCor e professor titular de pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), atribui esse crescimento à mudança de estação, especialmente com a chegada do frio, que favorece a disseminação de viroses respiratórias.
Carvalho destaca que os grupos mais vulneráveis incluem crianças, idosos e pessoas com comorbidades. O vírus sincicial respiratório é o principal responsável pela síndrome respiratória aguda grave em crianças, manifestando-se como bronquiolite. Já em idosos e indivíduos com doenças crônicas, os vírus influenza A e coronavírus são os principais causadores de internações.
A vacinação é considerada a melhor forma de prevenção, segundo o especialista. Ele ressalta que, apesar de haver vacinas disponíveis, a adesão às campanhas de imunização tem diminuído, o que é atribuído à desinformação. Carvalho enfatiza a necessidade de aumentar a conscientização sobre a importância da vacinação para proteger a saúde pública.
Além da vacinação, o pneumologista recomenda práticas higiênicas, como a lavagem frequente das mãos e o uso de máscaras em caso de sintomas gripais. Ele orienta que, se uma pessoa estiver com sintomas de gripe, deve usar máscara para evitar a contaminação de outras pessoas, especialmente aquelas que pertencem a grupos de risco.
Evitar o contato com idosos e crianças durante episódios de sintomas respiratórios é outra medida importante. Essas ações, combinadas com a vacinação, são fundamentais para conter o avanço das síndromes respiratórias e proteger a saúde da população.
Nesta situação crítica, a união da sociedade pode fazer a diferença. Projetos que visem apoiar campanhas de conscientização e vacinação são essenciais para garantir que todos tenham acesso à imunização e informações corretas sobre prevenção. A mobilização da comunidade pode ajudar a proteger os mais vulneráveis e a saúde pública em geral.
Em 2024, mais de 344 mil idosos foram internados no SUS devido a quedas, resultando em 13,3 mil óbitos. Especialistas recomendam adaptações no lar para prevenir acidentes e garantir a segurança dessa população.
O Ministério da Saúde anunciou a inclusão do implante contraceptivo Implanon no SUS, com a meta de distribuir 1,8 milhão de dispositivos para ampliar o acesso à contracepção e reduzir a mortalidade materna.
A Global Initiative for Asthma (GINA 2025) lançou diretrizes que definem critérios objetivos para diagnosticar asma em crianças menores de cinco anos, aumentando a segurança no tratamento. O pneumopediatra Fabio Muchão destaca que a nova abordagem pode tranquilizar pais e médicos, permitindo um manejo mais eficaz da doença, que afeta cerca de 20% da população infantil no Brasil.
O SUS ampliou o uso da donepezila para pacientes com Doença de Alzheimer em estágio grave, beneficiando cerca de 10 mil pessoas no primeiro ano, conforme nova portaria do Ministério da Saúde.
A hipertensão arterial afeta dois em cada cinco brasileiros, mas apenas oito em cada cem conseguem controlá-la adequadamente. Estilo de vida saudável é essencial para prevenção e controle da doença.
Em 2025, o Brasil enfrenta uma epidemia de dengue com mais de 1 milhão de casos, destacando o ressurgimento do sorotipo DENV-3 no noroeste paulista, alertando para a gravidade da situação. A Organização Pan-americana da Saúde recomenda ações para prevenir formas graves da doença.