Um ensaio clínico revelou que a autocoleta de amostras vaginais aumentou a participação no rastreamento do câncer cervical entre populações vulneráveis, alcançando até 46,6% com apoio ao paciente. Essa abordagem pode reverter a queda nas taxas de rastreamento, crucial para a eliminação do câncer cervical nos EUA.

Um recente ensaio clínico randomizado revelou que a autocoleta de amostras vaginais pode aumentar significativamente a participação no rastreamento do câncer cervical, especialmente em populações vulneráveis. Os grupos que utilizaram kits de autocoleta apresentaram taxas de participação de 41,1% e 46,6%, quando acompanhados de apoio ao paciente, em comparação com apenas 17,4% no grupo que recebeu lembrete telefônico.
O câncer cervical é uma condição que pode ser eliminada com alta cobertura vacinal contra o papilomavírus humano (HPV) e rastreamento oportuno. Apesar disso, a participação no rastreamento tem diminuído, especialmente entre mulheres e pessoas com colo do útero que pertencem a grupos marginalizados. Em 2021, a taxa de rastreamento caiu para 75,2%, o que é alarmante.
A autocoleta de amostras vaginais representa uma alternativa viável, pois reduz as barreiras associadas ao exame pélvico em clínicas. A aprovação da autocoleta pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos em maio de 2024 é um passo importante para a implementação dessa prática em instituições de saúde, especialmente aquelas que atendem populações vulneráveis.
O estudo foi realizado em um sistema de saúde em Houston, Texas, com uma amostra de dois mil quatrocentos e setenta e quatro participantes, dos quais 94% pertenciam a populações raciais ou étnicas marginalizadas. A metodologia incluiu três grupos: lembrete telefônico, lembrete com kit de autocoleta e lembrete com autocoleta e apoio ao paciente. A participação foi avaliada após seis meses.
Os resultados mostraram que a autocoleta não apenas aumentou a participação no rastreamento, mas também demonstrou uma diferença absoluta de 23,7% em relação ao grupo de lembrete telefônico. A razão de risco relativo foi de 2,36 para autocoleta e 2,68 para autocoleta com apoio ao paciente, evidenciando a eficácia dessa abordagem.
Iniciativas que promovem a saúde e o bem-estar de populações vulneráveis são essenciais. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, apoiando projetos que visem aumentar a cobertura de rastreamento do câncer cervical e, assim, salvar vidas. É fundamental que todos se mobilizem para garantir que essas soluções cheguem a quem mais precisa.

O programa "O câncer não espera. O GDF também não" já atendeu 198 pacientes oncológicos, reduzindo em 43,6% a fila de espera para oncologia e em 43,8% para radioterapia, além de diminuir os dias de espera.

Um estudo da Fiocruz e UFMS confirma a eficácia da vacina Qdenga contra a dengue em adolescentes, com 50% de proteção após uma dose e 67,5% contra hospitalizações. A pesquisa, publicada na revista The Lancet Infectious Diseases, analisou dados de São Paulo entre fevereiro e dezembro de 2024, destacando a importância da vacinação para reduzir casos graves e aliviar hospitais durante surtos.

Estudo da Universidade de São Paulo (USP) revela que aumentar séries em exercícios de força melhora a massa muscular em idosos, com 80% dos não-responsivos apresentando ganhos significativos.

O programa "Agora Tem Especialistas" do Ministério da Saúde permite que operadoras de saúde atendam pacientes do SUS em troca de quitação de dívidas. Oito pacientes já foram beneficiados em Recife.

Pesquisador brasileiro desenvolve teste inovador que detecta Alzheimer por biomarcadores na saliva, permitindo diagnóstico precoce até 20 anos antes dos sintomas. A pesquisa liderada por Gustavo Alves Andrade dos Santos pode transformar a abordagem atual, que é invasiva e cara.

Pesquisadores da UFSCar descobriram uma alteração genética rara ligada a níveis elevados da proteína ADAM10, que pode ser um biomarcador para a detecção precoce da doença de Alzheimer. O estudo, que analisa o genótipo de quinhentos voluntários, busca desenvolver testes sanguíneos para identificar riscos de Alzheimer em estágios iniciais, contribuindo para diagnósticos mais precisos e triagens populacionais.