Pesquisadores da USP desenvolveram uma técnica inovadora utilizando bactérias para aumentar a resistência de gramíneas ao aquecimento global, melhorando a qualidade do pasto e reduzindo custos na pecuária.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma técnica inovadora utilizando bactérias para mitigar os efeitos do aquecimento global em gramíneas forrageiras. O estudo, liderado pelo professor Carlos Alberto Martinez, foi realizado no campus de Ribeirão Preto e publicado no periódico Science of the Total Environment. A pesquisa simulou um aumento de temperatura de até 2ºC, superando a meta do Acordo de Paris, e analisou a resposta de gramíneas após a inoculação com as bactérias Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens.
Os resultados indicam que o aumento da temperatura e a escassez de água podem reduzir a produção e a qualidade das pastagens, tornando-as menos proteicas e mais fibrosas. Isso implica que o gado precisaria consumir mais alimento para atingir o peso de abate, elevando os custos de produção e as emissões de metano. O Laboratório de Mudanças Climáticas da USP, criado em 2011, é um espaço pioneiro no Brasil para simular os efeitos do aquecimento global em forrageiras.
As bactérias utilizadas no estudo demonstraram ser promotoras do crescimento vegetal, atenuando os impactos negativos do aquecimento sobre a fotossíntese e a qualidade nutricional do pasto. A planta híbrida Brachiaria mavuno, amplamente utilizada na pecuária, apresentou taxas fotossintéticas 15% superiores e 38% mais proteína bruta quando inoculada. Além disso, houve uma redução de até 22% na lignina, melhorando a digestibilidade do alimento para o gado.
Os equipamentos avançados do laboratório permitiram monitorar as respostas fisiológicas das plantas em tempo real. Após períodos de seca, as plantas inoculadas recuperaram a fotossíntese em menos de 24 horas após a reidratação. A pesquisa já atraiu a atenção de empresas do setor, como a Wolf Sementes, que colaborou no desenvolvimento da B. mavuno, um híbrido mais resistente às mudanças climáticas.
Embora o custo das sementes melhoradas seja cerca de 50% mais alto, a empresa acredita que a utilização de cultivares superiores compensa financeiramente a longo prazo, reduzindo o tempo de abate e os riscos de perdas devido a condições climáticas adversas. Essa abordagem pode ser crucial para a sustentabilidade da pecuária brasileira, especialmente em um cenário de mudanças climáticas.
Iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil, pois representam um passo importante para a adaptação da agricultura às novas realidades climáticas. O fortalecimento de projetos voltados para a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis pode garantir um futuro mais resiliente para a agropecuária no Brasil.

O Projeto SABO, parceria entre Brasil e Japão, implantará barreiras de contenção em Nova Friburgo e Teresópolis para prevenir deslizamentos, alinhando-se aos compromissos climáticos do Brasil para a COP30. As obras, com início previsto até 2026, visam proteger comunidades vulneráveis e reduzir riscos em áreas afetadas por desastres naturais.

Novo relatório da ONU revela que a seca extrema na Amazônia entre 2023 e 2024 é uma das mais severas já registradas, impactando ecossistemas e comunidades ribeirinhas, além de afetar o comércio global. A estiagem causou a morte de animais e comprometeu o abastecimento de água, evidenciando a urgência de ação diante das mudanças climáticas.

A Polícia Federal apreendeu 600 jabutis em um ônibus no Rio de Janeiro, evidenciando o tráfico ilegal de animais silvestres, um crime que compromete a biodiversidade e gera lucros exorbitantes. Os jabutis, que seriam entregues na Baixada Fluminense, foram encontrados em condições precárias, refletindo a gravidade do tráfico, que afeta milhares de espécies no Brasil e no mundo.

Cientistas descobriram que as bactérias Gordonia e Arthrobacter podem degradar plásticos como polipropileno e poliestireno em ambientes não poluídos, oferecendo novas esperanças para a gestão de resíduos. Essa pesquisa destaca o potencial de microrganismos para enfrentar a crescente crise da poluição por plástico, que atinge mais de 460 milhões de toneladas anuais e uma taxa de reciclagem de apenas 9%.

São Paulo enfrenta desafios climáticos intensificados, como calor extremo e inundações, enquanto busca implementar o PlanClima com R$ 20 bilhões alocados em 2023, mas ainda ignora desigualdades sociais.

Sebastião Salgado, fotógrafo e defensor dos povos indígenas, faleceu aos 81 anos, deixando um legado marcante na documentação das etnias brasileiras, especialmente os Ianomâmis. Sua expedição à Amazônia culminou na obra "Amazônia", que retrata a luta e a vida dos povos originários.