Brasil se compromete a reduzir emissões de gases-estufa em até 67% até 2035, com o Plano Clima dividido em 23 planos setoriais, priorizando justiça climática e adaptação para populações vulneráveis.
O Brasil estabeleceu uma nova meta climática, visando reduzir as emissões líquidas de gases-estufa entre 59% e 67% até 2035, em comparação aos níveis de dois mil e cinco. Essa meta representa a eliminação de aproximadamente um bilhão de toneladas de CO₂. Para alcançar essa Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), o governo elaborou o Plano Clima, que inclui um conjunto robusto de soluções, conforme destacou Aloisio Melo, secretário Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente.
O Plano Clima foi detalhado em 23 planos setoriais, com foco em justiça climática e na proteção das populações vulneráveis. O Brasil se prepara para a Conferência das Partes (COP 30) com uma agenda sólida, apesar dos desafios, como a criação da Autoridade Climática e a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Aloisio Melo enfatizou que o país chega à COP com credibilidade, demonstrando um compromisso real com a liderança em questões climáticas.
O Plano Clima é dividido em dois eixos principais: adaptação e mitigação. A adaptação, que ganhou prioridade, busca implementar ações claras em áreas como segurança alimentar, agricultura e infraestrutura até os anos de dois mil e vinte e oito, trinta e trinta e cinco. A mitigação, por sua vez, enfrenta o desafio de redistribuir metas entre diversos setores da economia, visando uma trajetória de crescimento com redução de emissões até dois mil e cinquenta.
O secretário destacou a importância da restauração florestal como uma estratégia de baixo custo para reduzir emissões, além de promover a biodiversidade. Ele também mencionou a necessidade de incentivar a substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, como o etanol. A implementação de projetos locais é essencial para traduzir as diretrizes do Plano Clima em ações concretas nos municípios, onde os impactos das mudanças climáticas são mais visíveis.
O governo brasileiro aumentou os aportes ao Fundo Clima, com o BNDES aprovando mais de R$ 10 bilhões em projetos. No entanto, a falta de projetos bem elaborados e a capacidade de pagamento dos municípios ainda representam desafios. A criação da Autoridade Climática, proposta pela ministra Marina Silva, visa melhorar a capacidade de atuação antecipada em relação aos desastres climáticos, utilizando modelagem climática para prever riscos futuros.
O novo licenciamento ambiental, que recebeu críticas, pode impactar negativamente as metas climáticas ao simplificar processos de autorização. Além disso, a discussão sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial levanta questões sobre a contradição entre a redução de combustíveis fósseis e a expansão de atividades que podem gerar novos impactos ambientais. Em meio a esses desafios, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a justiça climática e a proteção do meio ambiente.
Novo Acordo de Reparação destina R$ 11 bilhões para universalizar o saneamento na bacia do Rio Doce até 2033, com foco em água potável e esgoto tratado. Governos e empresas se unem para reverter danos históricos.
A poluição no Rio Javarizinho, decorrente do descarte de resíduos em Islândia, mobiliza a Defensoria Pública do Amazonas em busca de cooperação federal e parceria com o Peru para solução do problema.
Cidades da Amazônia têm as piores taxas de arborização urbana do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Enquanto estados do agronegócio, como Mato Grosso do Sul, se destacam positivamente, a pesquisa revela que apenas 10,7% do Acre e 13,7% do Amazonas vivem em ruas com mais de cinco árvores.
Estudo revela que sinais de aquecimento global poderiam ter sido detectados em 1885, antes da popularização dos carros a gasolina, evidenciando a interferência humana no clima desde a Revolução Industrial. Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore e instituições como o MIT simulam monitoramento atmosférico, identificando resfriamento na estratosfera devido ao aumento de CO₂. Alertam que mudanças climáticas intensas devem ocorrer nos próximos anos se não houver redução no uso de combustíveis fósseis.
O Brasil lançou a nova Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade, visando fortalecer a proteção ambiental com metas ambiciosas e implementação eficaz. Especialistas destacam a urgência de ações integradas e financiamento para enfrentar as pressões sobre a biodiversidade.
Pesquisadores no arquipélago de Trindade e Martim Vaz agora contam com energia limpa, graças à instalação de uma usina solar com 480 placas, substituindo o gerador a diesel. A usina, monitorada remotamente pela Itaipu, promete eficiência e sustentabilidade em um dos locais mais isolados do Brasil.