Colapso de lixão em Goiás contamina Córrego Santa Bárbara, resultando em fechamento da empresa responsável e proibição do uso da água. Doze aterros em Goiânia estão em situação irreversível, evidenciando descaso ambiental.

O Brasil enfrenta um grave problema ambiental relacionado ao descarte de resíduos sólidos. Apesar de ser signatário de compromissos internacionais, como o Acordo de Paris, e de ter implementado a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a realidade é alarmante. Atualmente, existem cerca de três mil lixões a céu aberto no país, e muitos municípios não conseguiram se adequar às normas estabelecidas, resultando em uma situação crítica.
Recentemente, um colapso em um lixão em Goiás, especificamente no município de Padre Bernardo, causou a contaminação do Córrego Santa Bárbara. O incidente ocorreu quando uma quantidade significativa de lixo desabou, atingindo o rio e gerando preocupações sobre a qualidade da água. A empresa responsável, o Aterro Sanitário Ouro Verde, foi fechada e multada em R$ 37,5 milhões, além de ter suas contas bloqueadas em R$ 10 milhões.
A contaminação do Córrego Santa Bárbara foi confirmada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Goiás, que proibiu o uso da água do rio devido à presença de espuma, um indicativo de metais pesados. O colapso do lixão é um exemplo do risco geológico que muitos desses locais enfrentam, conforme alertou a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente. A falta de sistemas de drenagem adequados contribui para a instabilidade do solo.
Além do colapso em Goiás, a situação é crítica em outras regiões. Em Goiânia, doze aterros foram identificados como estando em situação irreversível. Em Manaus, o monturo municipal enfrenta problemas sérios, enquanto em Teresina, uma estação de tratamento de resíduos foi alvo de denúncias após a morte de um menino em um acidente trágico. Os municípios frequentemente alegam falta de recursos e burocracia como obstáculos para a resolução desses problemas.
O Brasil produz cerca de oitenta milhões de toneladas de lixo anualmente, mas apenas oito por cento desse total é reciclado. Em comparação, a Alemanha recicla sessenta por cento de seus resíduos. Nos últimos anos, o Brasil importou resíduos para reciclagem, mas a prática foi proibida este ano para incentivar a coleta seletiva. Contudo, ainda existem exceções para resíduos que podem ser transformados em matérias-primas.
O desrespeito com a gestão de resíduos é um problema que não se resolve facilmente, pois não gera votos. No entanto, a sociedade civil pode e deve agir. Vítimas do colapso do lixão em Goiás e de outras situações similares podem precisar de apoio para se recuperar. Projetos que visem a melhoria das condições de descarte e a promoção de práticas sustentáveis devem ser incentivados pela comunidade.

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou sessão no Senado em meio a debates acalorados sobre a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, gerando preocupações ambientais e políticas.

O programa Making Cities Resilient 2030 da ONU envolve 1,8 mil cidades, incluindo 350 no Brasil, para fortalecer a resiliência urbana. Gestores priorizam parcerias com o setor privado e o seguro é essencial para a adaptação climática.

A Câmara dos Deputados está prestes a votar o PL 2159/2021, conhecido como PL da Devastação, que pode reverter avanços na legislação ambiental brasileira sob pressão do agronegócio. Ambientalistas alertam que a proposta, já aprovada pelo Senado, compromete acordos internacionais e a proteção de terras indígenas e quilombolas, permitindo licenciamento simplificado baseado em autodeclaração. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, prevê questionamentos judiciais caso a mudança seja aprovada.

O Prevfogo Amazonas capacita brigadistas federais com um Curso de Motosserrista, visando melhorar a segurança e eficiência no combate a incêndios florestais. O treinamento inclui uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e técnicas de prevenção.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) autorizou o Estudo de Viabilidade Técnica do Canal de Integração do Sertão Piauiense, que transporá águas do rio São Francisco. A obra beneficiará 42 municípios e cerca de um milhão de pessoas, buscando garantir segurança hídrica em áreas afetadas pela seca. O custo do estudo é de R$ 8,5 milhões e será apresentado em audiência pública na Assembleia Legislativa do Piauí.

Brasil apresenta o Plano Clima, com metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, mas sem afastamento dos combustíveis fósseis, gerando críticas de especialistas e preocupações sobre a transição energética.