O Brasil ainda enfrenta sérios desafios em saneamento básico, com apenas 55,2% de cobertura de esgoto. Investimentos anuais precisam aumentar de R$ 25,6 bilhões para R$ 45,1 bilhões até 2033 para atender as metas do novo Marco Legal.
O Brasil enfrenta sérios desafios em saneamento básico, com apenas 55,2% da população atendida por sistemas de esgotamento sanitário em 2023. Apesar de investimentos recentes, o país ainda está aquém das metas estabelecidas pelo novo Marco Legal do Saneamento, que visa atingir 99% de cobertura de água potável e 90% de esgoto tratado até 2033. Para isso, seriam necessários R$ 45,1 bilhões anuais, um aumento significativo em relação aos R$ 25,6 bilhões investidos em 2023.
O novo marco, aprovado em 2020, permitiu a entrada de empresas privadas no setor, mas a dificuldade de financiamento persiste. A taxa de juros elevada, com a Selic a 15% ao ano, pressiona os custos dos projetos, que acabam sendo repassados aos consumidores. Além disso, muitas empresas estaduais enfrentam barreiras para obter recursos junto a bancos públicos, o que limita ainda mais os investimentos necessários.
Estudos indicam que, até 2022, o Brasil estava atrás de países como Índia, Iraque e China em termos de cobertura de esgoto. Em comparação, o Chile lidera na América Latina com 95,3% de cobertura. Para alcançar as metas do novo marco, o Brasil precisaria investir R$ 223,82 por habitante anualmente, um valor bem superior ao atual.
Os investimentos programados estão começando a ganhar força, com estados como Pernambuco, Pará e Espírito Santo realizando aportes significativos. Juntos, esses investimentos devem beneficiar cerca de 16,1 milhões de pessoas. No entanto, a aceleração de parcerias público-privadas (PPPs) e concessões é uma resposta à dificuldade de financiamento enfrentada pelas empresas estaduais.
Desde a aprovação do marco, aproximadamente 60 leilões resultaram em mais de R$ 160 bilhões em investimentos. Apesar do avanço, a situação ainda é crítica, especialmente para as populações mais vulneráveis, que frequentemente enfrentam a falta de serviços básicos. A presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, destaca que, embora o Brasil "apareça mal na foto", há um "filme promissor à frente" se as agências reguladoras forem fortalecidas.
Neste contexto, a união da sociedade civil é fundamental para impulsionar iniciativas que melhorem a infraestrutura de saneamento. Projetos que visem a melhoria do acesso a serviços essenciais podem fazer uma diferença significativa na vida de milhões de brasileiros, especialmente nas comunidades mais carentes.
A poluição no Rio Javarizinho, decorrente do descarte de resíduos em Islândia, mobiliza a Defensoria Pública do Amazonas em busca de cooperação federal e parceria com o Peru para solução do problema.
O Distrito Federal enfrenta um período de seca, com temperaturas entre 24°C e 25°C e umidade que pode cair para 25%, aumentando os riscos de saúde e queimadas. A meteorologista Lady Custódio alerta sobre os perigos da baixa umidade e a necessidade de cuidados.
Pau-brasil, essencial para a música, enfrenta risco de extinção. Proposta de proteção na Cites será votada no Uzbequistão, com apoio de especialistas e necessidade de políticas públicas eficazes.
Em 2024, o Brasil registrou queimadas em 30 milhões de hectares, com a Amazônia sendo a mais afetada, totalizando 15,6 milhões de hectares queimados, um aumento alarmante de 117% em relação à média histórica. O Relatório Anual do Fogo (RAF) do MapBiomas revela que a degradação florestal, impulsionada por ações humanas e secas severas, pode levar à savanização da região.
Três pinguins-de-magalhães foram avistados na praia de Itaipu, em Niterói, enquanto um pinguim debilitado foi resgatado no Arpoador e quatro mortos encontrados na Praia da Reserva. A presença desses animais, que migram da Patagônia em busca de alimento, levanta preocupações sobre sua saúde e bem-estar. O Projeto de Monitoramento de Praias orienta a população a não se aproximar e a reportar avistamentos.
Nilto Tatto, presidente da Frente Ambientalista na Câmara, critica projeto que flexibiliza licenciamento ambiental, alertando para retrocessos durante a presidência do Brasil na COP30. A proposta pode prejudicar negociações internacionais e comprometer a agenda climática do país.