O Brasil avança nas negociações do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que pode captar até R$ 5 bilhões anuais, com assinatura prevista na COP30 em Belém. O fundo visa transformar o financiamento para a conservação florestal, envolvendo países investidores e comunidades tradicionais.

O Brasil está avançando nas negociações do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que pode captar até R$ 5 bilhões anuais. O principal negociador do Ministério do Meio Ambiente (MMA), André Aquino, afirmou que o valor anual esperado é três vezes o orçamento atual da pasta. As discussões estão em andamento e representantes dos dez países envolvidos devem assinar o acordo durante a COP30, que ocorrerá em Belém em novembro.
O TFFF é considerado um mecanismo inovador que visa aumentar o financiamento para a conservação das florestas tropicais. Segundo Aquino, o fundo pode levantar cerca de US$ 4 bilhões anualmente, o que representa uma transformação significativa nas finanças para a preservação ambiental. Ele destaca que a conservação das florestas é essencial para os objetivos climáticos da COP.
O fundo será estruturado como um "endowment fund" global, onde os recursos levantados serão investidos em mercados de capitais. O retorno desses investimentos será utilizado para remunerar os investidores, com a expectativa de que o valor restante seja distribuído para a conservação das florestas. O TFFF também exigirá que pelo menos 20% dos fundos sejam direcionados a povos indígenas e comunidades tradicionais, uma conquista importante para a inclusão social.
Embora o TFFF não faça parte da agenda oficial da Convenção do Clima, há uma expectativa de que uma decisão sobre o fundo seja anunciada na COP30. O governo brasileiro está dialogando com diversos países sobre o TFFF, incluindo nações tropicais como Indonésia e República Democrática do Congo, além de países investidores como Alemanha, Reino Unido, França e Noruega.
O Brasil já possui projetos de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que recompensam a redução do desmatamento por meio da emissão de créditos de carbono. No entanto, o TFFF se diferencia ao ser um mecanismo de pagamento por resultados, onde os países receberão valores com base na área de florestas conservadas, incentivando uma gestão mais eficaz das florestas.
Com a possibilidade de arrecadar R$ 5 bilhões anuais, o Brasil poderá investir em políticas públicas voltadas para a conservação ambiental e a bioeconomia. Essa iniciativa representa uma oportunidade para que a sociedade civil se mobilize em apoio a projetos que visem a preservação das florestas, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.

A COP30 em Belém surge em um cenário onde 66% das empresas buscam financiamento sustentável, mas 43% enfrentam barreiras nas políticas públicas. O evento é visto como uma chance de reposicionar o Brasil no mercado global.

A Green Zone da COP30 em Belém do Pará será um espaço aberto ao público para apresentar soluções climáticas e promover colaboração entre diversos setores. Inscrições vão até 22 de julho.

Indígenas de doze etnias buscam apoio em Brasília contra rodovias na Amazônia. Representantes de povos Ashaninka e Yawanawá alertam sobre impactos ambientais e sociais.

Um decreto do governador do Amazonas, Wilson Lima, permite a regularização de desmatamentos ilegais, gerando preocupações entre pesquisadores e ambientalistas sobre a grilagem de terras. A medida pode reduzir a reserva legal de 80% para 50%, favorecendo a ocupação de áreas sensíveis, como Terras Indígenas. Especialistas alertam que a legalização de áreas desmatadas consolida crimes ambientais, enquanto o governo defende a regularização como forma de recuperação da vegetação nativa.

Cerca de 340 mil imóveis em São Paulo e Rio Grande do Sul enfrentaram falta de energia devido a ventos fortes e ciclones. Estragos foram registrados, e alerta de queda de temperatura foi emitido.

Pesquisadores buscam modificar geneticamente plantas para aumentar a tolerância ao calor, visando mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de alimentos. A edição genética pode ser crucial para garantir a segurança alimentar futura.