Em 2024, o Brasil enfrentou uma das piores temporadas de queimadas, com 30 milhões de hectares afetados, enquanto o desmatamento caiu 32,4%. A Amazônia foi o bioma mais atingido, exigindo ações urgentes.
Em 2024, o Brasil enfrentou uma das piores temporadas de queimadas de sua história, com 30 milhões de hectares afetados, um aumento de 62% em relação à média histórica de 8,5 milhões de hectares anuais. Os dados foram divulgados pelo primeiro Relatório Anual do Fogo, elaborado pelo MapBiomas, que utiliza imagens de satélite para mapear as queimadas desde 1985. Aproximadamente 24% do território nacional queimou pelo menos uma vez nas últimas quatro décadas, com a Amazônia sendo o bioma mais atingido.
O relatório revelou uma contradição significativa: enquanto o desmatamento caiu 32,4% pela primeira vez em seis anos, as queimadas aumentaram drasticamente. Esse fenômeno pode ter sido exacerbado por condições climáticas extremas, como a seca severa e o agravamento do aquecimento global. Os estados de Mato Grosso, Pará e Maranhão concentraram 47% do total nacional de áreas queimadas entre 1985 e 2024.
Os dados indicam que os quinze municípios que mais queimaram foram responsáveis por 10% da área total afetada. Sete desses municípios estão localizados no Cerrado e seis na Amazônia, que juntas responderam por 86% da área queimada. O período de agosto a outubro foi o mais crítico, representando 72% dos casos, com um terço da área queimada resultando de mega eventos de fogo, afetando mais de 100 mil hectares.
Uma mudança notável foi o tipo de vegetação mais impactada. Historicamente, as savanas lideravam as áreas queimadas, mas em 2024, a formação florestal foi a mais atingida, com 7,7 milhões de hectares. A Amazônia registrou aproximadamente 15,6 milhões de hectares queimados, um aumento de 117% em relação à média histórica, representando 52% do total nacional. Pela primeira vez, as florestas superaram as pastagens em área queimada.
O Pantanal foi o bioma mais devastado proporcionalmente, com 62% de seu território queimando pelo menos uma vez nos últimos 40 anos. A área queimada no Pantanal aumentou 157% em comparação com a média histórica. A Mata Atlântica também teve seu pior ano desde 1985, com 1,2 milhão de hectares afetados, um aumento de 261% em relação à média histórica.
Diante desse cenário alarmante, é essencial fortalecer as políticas públicas e as ações de gestão territorial para combater as queimadas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a recuperação das áreas afetadas e a preservação do meio ambiente. Projetos que promovam a conscientização e a proteção dos biomas brasileiros devem ser incentivados, pois podem fazer a diferença na luta contra a degradação ambiental.
O Ibama investirá R$ 178 mil na aquisição de novos fuzis para intensificar o combate ao crime organizado na Amazônia, após receber R$ 825 milhões do Fundo Amazônia, o maior aporte da história do fundo. Essa ação visa fortalecer a fiscalização ambiental e o controle do desmatamento ilegal, em resposta ao desmonte sofrido durante a gestão de Jair Bolsonaro.
A Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal da Embrapa, em Brasília, recebeu 10 mudas de tamareiras dos Emirados Árabes após 10 meses de quarentena, ressaltando seu papel na segurança das espécies vegetais. A quarentena é essencial para evitar a introdução de pragas no Brasil, com mais de 850 mil amostras analisadas desde 1976.
O aquecimento global, impulsionado por ações humanas, pode levar até 18% das espécies terrestres à extinção e causar a morte da Grande Barreira de Corais, afetando a biodiversidade e a economia global. A urgência em reduzir emissões é clara, pois cada grau de aumento na temperatura impacta a sobrevivência de diversas espécies e a saúde humana.
A poluição plástica no Brasil, com 3,4 milhões de toneladas geradas anualmente e apenas 13% recicladas, demanda uma resposta urgente. A economia circular pode transformar resíduos em recursos, gerando empregos e inclusão social, mas requer políticas públicas e investimentos adequados.
A Defensoria Pública do Amazonas busca ação federal para resolver a poluição no Rio Javarizinho, causada pelo lixão em Islândia, Peru, que afeta Benjamin Constant. A proposta inclui parceria com o Peru para destinação adequada dos resíduos.
Em 2024, o PIB do Nordeste cresceu 4%, impulsionado por investimentos em energia solar, com a Bahia liderando a geração e atraindo R$ 10,6 bilhões desde 2012, enquanto Pernambuco e Rio Grande do Norte também avançam.