Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante de incêndios florestais, resultando em 42% da perda global de florestas tropicais primárias, superando a agropecuária como principal causa de desmatamento. A devastação, impulsionada por secas severas, afetou diversos biomas, com a Amazônia registrando a maior perda desde 2016.
Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante de incêndios florestais, resultando em uma perda recorde de cobertura florestal. O país, que abriga a maior área de floresta tropical do mundo, foi responsável por 42% da perda global de florestas tropicais primárias. Os dados foram coletados pela plataforma Global Forest Watch (GFW), da ONG World Resources Institute (WRI), que utiliza informações do laboratório GLAD da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
Pela primeira vez desde o início do monitoramento em 2002, os incêndios florestais superaram a agropecuária como a principal causa de desmatamento, representando quase metade de toda a destruição mapeada. Em anos anteriores, os incêndios correspondiam a cerca de 20% do total. Além do Brasil, incêndios de grandes proporções foram registrados em regiões como Canadá e Rússia, intensificando a crise ambiental.
No Brasil, 66% da perda de cobertura florestal em 2024 foi atribuída a incêndios, um aumento de quase seis vezes em relação ao ano anterior. A seca severa, considerada uma das piores da história, contribuiu para essa devastação. A perda total de florestas primárias no país foi de 2,8 milhões de hectares, sendo 1,8 milhão de hectares devido a incêndios.
Além dos incêndios, a exploração de soja e gado em larga escala também causou um aumento de 13% na perda de floresta primária por outras razões. Apesar disso, os números ainda estão abaixo dos índices registrados no início dos anos 2000 e durante o governo anterior. Mariana Oliveira, diretora do programa de florestas e uso da terra do WRI Brasil, destacou que, embora o Brasil tenha avançado sob a gestão atual, as ameaças às florestas continuam.
A devastação se espalhou por diversos biomas, com a Amazônia registrando a maior perda de cobertura arbórea desde 2016. O Pantanal, por sua vez, enfrentou a maior perda de cobertura arbórea do país. Globalmente, a supressão de florestas primárias tropicais quase dobrou em relação a 2023, atingindo 6,7 milhões de hectares, uma área equivalente ao território do Panamá.
Elizabeth Goldman, codiretora do Global Forest Watch, alertou que a perda florestal em 2024 representa um "alerta vermelho global". Os incêndios emitiram 4,1 gigatoneladas de gases de efeito estufa, exacerbando a crise climática. A situação exige ação coletiva de países, empresas e indivíduos. Em meio a essa crise, iniciativas que visem a proteção e recuperação das florestas são essenciais, e a união da sociedade pode fazer a diferença na preservação do nosso planeta.
Ministério Público Federal pede à Justiça a suspensão do leilão de petróleo na Amazônia, exigindo novos estudos ambientais e consultas a comunidades indígenas. O caso envolve a ANP e o Ibama.
A onça-pintada Ruana foi transferida de avião para o Zoológico de São Paulo, onde se preparará para um programa de conservação com o macho Raimundinho, visando a preservação da espécie ameaçada. A ação é parte do Plano de Ação Nacional do ICMBio, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da AZAB.
Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA e ativista climático, realizará um treinamento gratuito no Rio de Janeiro de 15 a 17 de agosto, promovido pela The Climate Reality Project, para preparar lideranças para a COP30 em Belém. As inscrições vão até 6 de agosto.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, propôs um fundo global de US$ 1,3 trilhão para o combate às mudanças climáticas, mas enfrenta críticas pela falta de execução no setor elétrico brasileiro. A ausência de um novo marco regulatório e o cancelamento de projetos de energia limpa refletem a ineficiência governamental, frustrando investidores e comprometendo a competitividade do país.
Em 2024, as emissões globais de CO₂ atingiram 53,8 bilhões de toneladas, enquanto apenas 19 países atualizaram suas metas climáticas. O Brasil, sede da COP30, promete reduzir suas emissões em até 67%.
Desmatamento no Brasil caiu 32,4% em 2024, com exceção da Mata Atlântica, afetada por enchentes. A Amazônia e o Cerrado concentraram 83% da perda, refletindo ações de combate ao desmatamento.